E o mundo mergulhou nas trevas...
A alma de Ariel se perdeu numa longa noite escura.
Hana entrou em uma fila onde estavam as mulheres.
A dor envolveu mãe e filho na despedida.
No futuro um encontro seria remoto.
Ariel entrou no trem e pensava em sua mãe.
Exaurido, adormeceu com o barulho cadenciado do trem.
Anoitecia, quando Ariel chegou no Campo de Concentração.
Dos postes pendiam lâmpadas de fraca luminosidade na cerca eletrificada.
Do crematório, a fumaça escura bruxuleava no ar. O espetáculo era desolador.
Na entrada o moço ouviu alguém gritar: “Daqui só se sai pela chaminé.” Dormia no chão de cimento e a fome o atormentava. A vida era subumana. Ouviu uma voz: “Estou no inferno?” Silêncio...
Ninguém tinha nome e nem número, como sombras perambulavam de um lado para outro. O moço vivia em estado letárgico, pois não conseguia se livrar dos cadáveres ao seu redor.
Um dia de repente ouviu gritos: “Os tanques! Os tanques!”
O moço judeu levantou-se num esforço hercúleo e viu que os russos se abraçavam, gritando com alegria: ”Acabou! Acabou!” Ariel chorava sem parar... Sobreviveu a Hitler.
As feridas abertas no coração de Ariel nunca mais cicatrizaram.
Perdeu toda sua família, mas sobreviveu para escancarar ao mundo as atrocidades do Nazismo.
Amigos, fatos chocantes não foram citados...
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