Releituras de um site literário__4_O meu Recanto era de Letras...
Do dia 16 até hoje, dia 20, mais de cem novos “autores” foram cadastrados no Recanto da Letras, entre os quais, consegui garimpar nomes de usuários bem interessantes, como, por exemplo, “Vela do Sétimo Dia”, “Amores Indigestos”, “BC by Sebastian”, “Um Átomo”. Não, meus amigos e minhas amigas, não estou enganado, não são títulos de obras, são de supostos autores mesmo! Ninguém precisa ser um psicólogo para suspeitar que uma pessoa que se utiliza de um nome artístico debochado, inconveniente ou vulgar para ingressar num site de escritores, provavelmente não é uma pessoa séria. E, daqui a algum tempo, ainda que não atrapalhem a vida de outros usuários do site, com certeza, todos eles estarão na mesma linha editorial (ou pior) de certos autores – alguns até mesmo com razoável “tempo de serviço” no Recanto - que já vi postando textos com títulos que são verdadeiras pérolas de atentado ao idioma pátrio, tipo “De onde vinhemos?”, “Amoti”, “Amor Cincero”, etc.
Embora isso se constitua uma vergonhosa e inaceitável aberração literária num site que se diz de escritores, não é exatamente o analfabetismo ou o despreparo cultural de uma considerável parcela de autores do Recanto das Letras que o desfigura de sua declarada condição de site de escritores de língua portuguesa e que torna o exercício da criação literária – dentro dele - quase uma atividade de risco para nós, autores sérios. Os maiores transtornos são causados pela inidoneidade, o caráter vil e mesquinho de uma gentalha que, encontrando facilidades de ingresso no site, fantasiam-se de usuários e exercem com impunidade o seu estúpido prazer de difamar a honra e a obra de outrem.
Não são poucos os autores do Recanto das Letras, homens ou mulheres, que já amargaram uma violenta e pertinaz perseguição virtual dentro do site. A gentalha usa e abusa do anonimato que protege o comentário não autenticado para, sob um nome e e-mail fictícios, satisfazer o seu sádico prazer de criticar, com extrema truculência verbal, um texto postado, na maioria das vezes utilizando ofensas pessoais, termos chulos ou pornográficos. Quase sempre pega de surpresa, a vítima tenta se proteger, bloqueando na sua página o recebimento de comentários não autenticados. Não é suficiente, pois é com a mais deliciosa satisfação que o seu perseguidor ou perseguidora despeja seus excrementos mentais em cima dos outros, de modo que, logo volta ao infame ofício, enviando anônimos e ofensivos e-mails para a sua vítima, através da opção “Contatos”. Mais uma vez, a vítima tenta se proteger, desativando essa opção, e, mais uma vez, não encontra proteção eficaz: sempre sedento de vilania, o seu perseguidor ou perseguidora rapidamente constrói um usuário fictício, usa um CPF qualquer, e envia a sua proposta de ingresso para a administração do Recanto, que o aceita com estranha rapidez e confiabilidade, quem sabe farejando a conversão dessa assinatura gratuita para Assinatura Premium ou Assinatura Site do Escritor.
Já fantasiado de usuário cadastrado fictício, o raio de ação do perseguidor ou perseguidora diminui sensivelmente: a vítima pode bloquear os comentários desse usuário fictício e denunciá-lo para a administração do site; sendo imbecil, mas não tolo, o perseguidor ou perseguidora já sabe que está queimando os seus últimos cartuchos de agressões contra a vítima e, portanto, o faz com exacerbada contundência, pois, como todo delinquente, é com feroz ressentimento que vê a sua vítima prestes a escapar de suas garras. A essa altura dos acontecimentos, não resta mais nenhuma outra saída para a pessoa perseguida dentro do Recanto das Letras senão ativar a opção de moderar os comentários, medida que, por mais que se suponha de justa causa, é acolhida com uma certa antipatia pelos usuários/comentaristas sérios por se assemelhar a uma censura prévia da opinião alheia. Mas, algumas vezes, ao chegar a esse ponto – ou antes mesmo de chegar a ele - desgastado pelo inglório combate contra um invisível, mas pertinaz inimigo, a vítima se pergunta: - “Em nome de que estou passando por tudo isso?” Não se dando uma melhor resposta que o seu simples prazer de fazer Literatura e, convencido de que prazer não rima com atribulação, vai embora.
Um observador mais atento, entretanto, ao consultar a lista diária de “autores novos” do Recanto das Letras, chegará à inevitável conclusão de que muitos daqueles “autores novos”, por seus próprios nomes de usuários e/ou postagens iniciais, jamais deveriam ser admitidos, seja gratuitamente, seja pagando mensalidades, em qualquer site literário que mantenha um legítimo interesse de preservar um ambiente moral e cultural propício ao intercâmbio das letras. Chegará também à conclusão de que, ao contrário do que costuma afirmar a administração geral, a perseguição que afastou aquela pessoa de uma diletante atividade literária não foi adquirida fora do ambiente virtual do site, mas exclusivamente dentro dele! Foi um usuário (ou usuária) devidamente cadastrado no site (que desde o seu ingresso, há meses ou anos, talvez se mantenha completamente fictício) que se encheu de ódio, rancor ou inveja contra essa pessoa e que, por isso, dando-se ao ignóbil trabalho de criar nomes e correios eletrônicos falsos, vai exercer contra ela o seu mais divertido passatempo: o bullying literário. Que, por causa disso, uma ou mais vítimas desistam de escrever no Recanto não importa; os que fazem do bullying literário sua nociva, mas principal atividade no site, permanecerão prontos para novos e vis atentados aos seus colegas, protegidos pela impunidade, anonimato e, principalmente, pelo descaso dos administradores.
E provavelmente irá embora um bom talento literário e um bom caráter, e, porque outros o seguirão – amedrontados ou desiludidos – a saudável atividade do compartilhamento da criação literária, que sempre deve ser o objetivo principal de um site de escritores, vai diminuindo sensivelmente no Recanto das Letras, cedendo lugar a uma inconciliável heterogeneidade social e cultural não só de interesses como de comportamentos e valores. Por causa disso, não é raro se ver uma página de comentários alimentada quase que exclusivamente por amiguismos, idade, estado civil ou aparência do autor, justificando a ideia de que o Recanto das Letras caminha a passos largos para se tornar um site de relacionamentos, com um pseudoperfil literário, já que as visitas às paginas dos autores, que se convertem em leituras e/ou comentários, são muito mais de caráter social, afetivo e emocional que literário. A consequência disso é a queda da qualidade literária geral do site e, junto com ela, para atestar publicamente o descrédito cultural de uma sociedade de intelectuais, uma crescente e desabonadora valorização do mau texto.
Somente a médio e a longo prazo pode se reverter essa situação de desconfiguração literária do Recanto das Letras e desde que haja boa vontade por parte da administração do site, inclusive com a adoção imediata de algumas medidas saneadoras, entre as quais, o estabelecimento de critérios mais rigorosos para aprovar o ingresso de novos usuários (cadastro mais investigativo, impedindo o ingresso de usuários fictícios, exigindo-se, por exemplo, nome verdadeiro/CPF correspondente). Lembremo-nos, por oportuno, que os cães não entram numa igreja para rezarem, mas simplesmente porque encontram a porta aberta. Há que haver, também, um controle mais rigoroso das infrações à política de boa vizinhança do site, punindo-se exemplarmente os casos de bullying e de plágio. E, pelo amor de Deus, pelo menos quanto aos títulos, que sejam observadas as normas cultas da língua portuguesa!
E dizer que era de Letras o meu Recanto, quando aqui cheguei em 2006...
(OBS:- Uma cópia deste texto foi encaminhada à administração do site Recanto das Letras, no dia 22/01/2012, às 10:08)
Do dia 16 até hoje, dia 20, mais de cem novos “autores” foram cadastrados no Recanto da Letras, entre os quais, consegui garimpar nomes de usuários bem interessantes, como, por exemplo, “Vela do Sétimo Dia”, “Amores Indigestos”, “BC by Sebastian”, “Um Átomo”. Não, meus amigos e minhas amigas, não estou enganado, não são títulos de obras, são de supostos autores mesmo! Ninguém precisa ser um psicólogo para suspeitar que uma pessoa que se utiliza de um nome artístico debochado, inconveniente ou vulgar para ingressar num site de escritores, provavelmente não é uma pessoa séria. E, daqui a algum tempo, ainda que não atrapalhem a vida de outros usuários do site, com certeza, todos eles estarão na mesma linha editorial (ou pior) de certos autores – alguns até mesmo com razoável “tempo de serviço” no Recanto - que já vi postando textos com títulos que são verdadeiras pérolas de atentado ao idioma pátrio, tipo “De onde vinhemos?”, “Amoti”, “Amor Cincero”, etc.
Embora isso se constitua uma vergonhosa e inaceitável aberração literária num site que se diz de escritores, não é exatamente o analfabetismo ou o despreparo cultural de uma considerável parcela de autores do Recanto das Letras que o desfigura de sua declarada condição de site de escritores de língua portuguesa e que torna o exercício da criação literária – dentro dele - quase uma atividade de risco para nós, autores sérios. Os maiores transtornos são causados pela inidoneidade, o caráter vil e mesquinho de uma gentalha que, encontrando facilidades de ingresso no site, fantasiam-se de usuários e exercem com impunidade o seu estúpido prazer de difamar a honra e a obra de outrem.
Não são poucos os autores do Recanto das Letras, homens ou mulheres, que já amargaram uma violenta e pertinaz perseguição virtual dentro do site. A gentalha usa e abusa do anonimato que protege o comentário não autenticado para, sob um nome e e-mail fictícios, satisfazer o seu sádico prazer de criticar, com extrema truculência verbal, um texto postado, na maioria das vezes utilizando ofensas pessoais, termos chulos ou pornográficos. Quase sempre pega de surpresa, a vítima tenta se proteger, bloqueando na sua página o recebimento de comentários não autenticados. Não é suficiente, pois é com a mais deliciosa satisfação que o seu perseguidor ou perseguidora despeja seus excrementos mentais em cima dos outros, de modo que, logo volta ao infame ofício, enviando anônimos e ofensivos e-mails para a sua vítima, através da opção “Contatos”. Mais uma vez, a vítima tenta se proteger, desativando essa opção, e, mais uma vez, não encontra proteção eficaz: sempre sedento de vilania, o seu perseguidor ou perseguidora rapidamente constrói um usuário fictício, usa um CPF qualquer, e envia a sua proposta de ingresso para a administração do Recanto, que o aceita com estranha rapidez e confiabilidade, quem sabe farejando a conversão dessa assinatura gratuita para Assinatura Premium ou Assinatura Site do Escritor.
Já fantasiado de usuário cadastrado fictício, o raio de ação do perseguidor ou perseguidora diminui sensivelmente: a vítima pode bloquear os comentários desse usuário fictício e denunciá-lo para a administração do site; sendo imbecil, mas não tolo, o perseguidor ou perseguidora já sabe que está queimando os seus últimos cartuchos de agressões contra a vítima e, portanto, o faz com exacerbada contundência, pois, como todo delinquente, é com feroz ressentimento que vê a sua vítima prestes a escapar de suas garras. A essa altura dos acontecimentos, não resta mais nenhuma outra saída para a pessoa perseguida dentro do Recanto das Letras senão ativar a opção de moderar os comentários, medida que, por mais que se suponha de justa causa, é acolhida com uma certa antipatia pelos usuários/comentaristas sérios por se assemelhar a uma censura prévia da opinião alheia. Mas, algumas vezes, ao chegar a esse ponto – ou antes mesmo de chegar a ele - desgastado pelo inglório combate contra um invisível, mas pertinaz inimigo, a vítima se pergunta: - “Em nome de que estou passando por tudo isso?” Não se dando uma melhor resposta que o seu simples prazer de fazer Literatura e, convencido de que prazer não rima com atribulação, vai embora.
Um observador mais atento, entretanto, ao consultar a lista diária de “autores novos” do Recanto das Letras, chegará à inevitável conclusão de que muitos daqueles “autores novos”, por seus próprios nomes de usuários e/ou postagens iniciais, jamais deveriam ser admitidos, seja gratuitamente, seja pagando mensalidades, em qualquer site literário que mantenha um legítimo interesse de preservar um ambiente moral e cultural propício ao intercâmbio das letras. Chegará também à conclusão de que, ao contrário do que costuma afirmar a administração geral, a perseguição que afastou aquela pessoa de uma diletante atividade literária não foi adquirida fora do ambiente virtual do site, mas exclusivamente dentro dele! Foi um usuário (ou usuária) devidamente cadastrado no site (que desde o seu ingresso, há meses ou anos, talvez se mantenha completamente fictício) que se encheu de ódio, rancor ou inveja contra essa pessoa e que, por isso, dando-se ao ignóbil trabalho de criar nomes e correios eletrônicos falsos, vai exercer contra ela o seu mais divertido passatempo: o bullying literário. Que, por causa disso, uma ou mais vítimas desistam de escrever no Recanto não importa; os que fazem do bullying literário sua nociva, mas principal atividade no site, permanecerão prontos para novos e vis atentados aos seus colegas, protegidos pela impunidade, anonimato e, principalmente, pelo descaso dos administradores.
E provavelmente irá embora um bom talento literário e um bom caráter, e, porque outros o seguirão – amedrontados ou desiludidos – a saudável atividade do compartilhamento da criação literária, que sempre deve ser o objetivo principal de um site de escritores, vai diminuindo sensivelmente no Recanto das Letras, cedendo lugar a uma inconciliável heterogeneidade social e cultural não só de interesses como de comportamentos e valores. Por causa disso, não é raro se ver uma página de comentários alimentada quase que exclusivamente por amiguismos, idade, estado civil ou aparência do autor, justificando a ideia de que o Recanto das Letras caminha a passos largos para se tornar um site de relacionamentos, com um pseudoperfil literário, já que as visitas às paginas dos autores, que se convertem em leituras e/ou comentários, são muito mais de caráter social, afetivo e emocional que literário. A consequência disso é a queda da qualidade literária geral do site e, junto com ela, para atestar publicamente o descrédito cultural de uma sociedade de intelectuais, uma crescente e desabonadora valorização do mau texto.
Somente a médio e a longo prazo pode se reverter essa situação de desconfiguração literária do Recanto das Letras e desde que haja boa vontade por parte da administração do site, inclusive com a adoção imediata de algumas medidas saneadoras, entre as quais, o estabelecimento de critérios mais rigorosos para aprovar o ingresso de novos usuários (cadastro mais investigativo, impedindo o ingresso de usuários fictícios, exigindo-se, por exemplo, nome verdadeiro/CPF correspondente). Lembremo-nos, por oportuno, que os cães não entram numa igreja para rezarem, mas simplesmente porque encontram a porta aberta. Há que haver, também, um controle mais rigoroso das infrações à política de boa vizinhança do site, punindo-se exemplarmente os casos de bullying e de plágio. E, pelo amor de Deus, pelo menos quanto aos títulos, que sejam observadas as normas cultas da língua portuguesa!
E dizer que era de Letras o meu Recanto, quando aqui cheguei em 2006...
(OBS:- Uma cópia deste texto foi encaminhada à administração do site Recanto das Letras, no dia 22/01/2012, às 10:08)