MUNDO GLOBALIZADO II – o meio
Hoje se discute o que fazer com os nossos restos, rejeitos... que não são poucos... desde o alimentar ao nuclear. Uns nocivos a longo prazo, outros, invisíveis, inodoros e, imediatamente... letais.
Embora façam reuniões globais, discutam em salões refrigerados, bem iluminados, com estrutura de colunas faraônicas, piso em granito exótico, mesas enormes, ornamentação de flores que exalam seu perfume pelo ambiente. Embora sentem em poltronas de couro, bebam água mineral, usem canetas, vestimentas e calçados caríssimos... ninguém enxerga que toda essa mordomia custou um alto preço para a Natureza e que retiraram, dos mais necessitados, grande parte do pequeno quinhão que lhes cabia.
Como os problemas são visíveis, alguns até ridículos, são abertamente enunciados... todos gostam de apontá-los, porém, como as soluções envolvem decisões firmes e, às vezes, antieconômicas... permanecem ocultas. Todos conhecem os problemas, mas transferem a solução para os outros.
Será que um dia precisaremos escolher se queremos morrer de fome ou envenenados?... Pois saibam que: à medida que prorrogamos as decisões, antecipamos as catástrofes.