A TECNOLOGIA NÃO CONSEGUE FAZER O HOMEM FELIZ

O ser humano nunca teve tantas facilidades materiais ao seu dispor como no século que estamos vivendo. A tecnologia nos acompanha dentro de nossas casas, na rua, em viagens, nos rincões mais distantes desse nosso mundão. Ficamos sabendo, ao vivo e a cores, no instante em que o fato acontece. Ficamos sabendo quem morreu, quem viveu, quem falou, quem negou, quem afanou, quem mentiu. Sabemos quem foi eleito, quem perdeu, quem é a mais bela, a mais famosa. Choramos por nosso minguado saldo bancário exposto na nossa cara pela Internet. Nos escabelamos porque o Sarney e outros tantos estão sempre na nossa frente há milênios.

Será que é esse excesso de informações que nos traz melancolia, tristeza, raiva, depressão? Porque, apesar de todo o avanço tecnológico, o homem ainda não é um ser feliz. Os consultórios de psiquiatras e psicólogos nunca estiveram tão cheios, os ansiolíticos e anti-depressivos estão em quase todos os armários. Os livros de auto-ajuda e as religiões em geral nunca foram tão procurados como agora e, no entanto, o ser humano não consegue atingir um estado satisfatório de bem estar interior.

Será que a maldade que entra pelas telinhas em nossas casas está fazendo com que o homem deixe de acreditar na bondade, na solidariedade, no amor? Será que estamos perdendo a esperança?