Mulheres do Afeganistão
Eu 2010 fomos informados à respeito de um terrível ato de crueldade ocorrido no Afeganistão. Em nome de “alá” um casal foi apedrejado, acusados de ter um “caso”. Autoridades da província de Kunduz que deram tal informação disseram que o território é controlado pelo Taleban.
Testemunhas disseram à BBC que o casal foi apedrejado em um mercado lotado no vilarejo de Mullah Quli no domingo. Antes da execução da sentença, membros do Taleban afirmaram que o casal confessou o caso.
Tudo bem, isso aconteceu em 2010, ou seja, há quase dois anos atrás e o que isto importa? Importa porque não foi um fato isolado. Foi apenas mais um caso, alimentado pela covardia de loucos, que acreditam estar fazendo a vontade de “deus”.
Dias antes, no mesmo local uma mulher grávida foi morta a chicotadas.
A lei islâmica, ou Sharia, pune com castigos públicos o sexo entre pessoas não casadas. O apedrejamento até a morte é a pena para os condenados por casos extraconjugais. Durante os anos em que controlou todo o Afeganistão (1996-2001), o Taleban aplicou com rigor esses princípios.
Todos os anos, milhares de mulheres são mortas ou mutiladas por maridos cruéis, em nome de um machismo insano, apesar de que desconheço machismo que não seja insano.
Todos devem respeitar as crenças, quaisquer que sejam. O direito de seguir esta ou aquela crença deve ser assegurado, por ser presente na liberdade das pessoas.
Entretanto, qualquer religião que fira os mínimos diretos à vida deve ser combatida com vigor.
O respeito a fé é muito importante e todos devemos ter. Mas o respeito à vida é a ainda maior.