As etiquetas e eu.
Luan é neto da minha irmã; tem um ano e, gosta de etiquetas.
Gosta de procurá-las em roupas, almofadas e nos seus brinquedos de tecido.
No seu livro feito de pano, com duas páginas, tem uma borboleta de asinhas soltas; é a parte que ele mais gosta, pois pode senti-la com os dedinhos.
A mim, Luan não puxou.
Toda vida me senti incomodada com as etiquetas em roupas de uso pessoal: me dão coceira, mas retiro também das roupas de cama, mesa e banho.
Quando eu era criança e reclamava delas, a mãe dizia que não se tira etiquetas, porque indicam avesso, direito, frente e trás das roupas.
Desde que aprendi a identificar a diferença, retiro todas as etiquetas.
Confesso que ainda me atrapalho com direita e esquerda, mas frente e trás eu domino muito bem!