A Luiza está no Canadá
Às vezes o discurso científico é chato, porque explica e não sente. Troca-se a emoção pela razão. Mas, e se a emoção, estiver aniquilada? Cruzamos os braços e assistimos a pobreza de espírito?
Ou seja, tem momentos que a razão é importante, desde que sirva de maneira apropriada e seja ponderada. Vou tentar explicar em poucas palavras, o que acho do assunto.
A Luiza está no Canadá. Virou um bordão na internet. Existe dois tipos de bordões: aquele que é chiste, ou seja, é uma piada, e portanto, tem graça. E, aquele que é escárnio, isto é, não tem graça, pois é pura desgraça. Um é engraçado, pois vem da infância e é universal. É o verdadeiro chiste. É o que os artistas fazem: todos se identificam com suas brincadeiras e graças. Só faz graça, quem não quer se mostrar exageradamente. Quem quer se mostrar, troca a brincadeira pela vontade de se exibir. Quem quer se exibir, desperta nos outros ódio. As pessoas não se identificam, pois vêem naquele que está na frente, a mesma vontade que os outros, que estão sentados na platéia fazerem. Ou seja, todo mundo fica infantil.
O chiste, ao contrário, surge da vontade natural de mostrar uma graça. Não mostrar, pra se mostrar, mas, diferentemente, mostrar aquilo que já aparece na própria natureza da pessoa. Ou seja, transforma-se o ódio em amor, através da piada.
A frase Luiza está no Canadá, surgiu de alguém que vendo uma pessoa mais velha falando na TV, ficou com inveja. E, em tom irônico, propagou na net, em forma de zombaria. Ou seja, os jovens de hoje, não toleram os mais velhos. Vê-se isso pela critica excessiva e irracional contra Galvão Bueno e tantos outros. Ou seja, a cultura pop, dos jovens, via net, serve apenas para expressar ódio, que disfarçado de graça, apresenta apenas o mal senso de humor. Humor é, mas não tem senso. Trata-se de um humor maldito, que vêm de um grupo de jovens, que, cada vez mais infantilizados não conseguem crescer na vida.
Infelizmente estamos vivendo numa sociedade regressiva, onde os jovens estão cada vez mais infantilizados. Alguns adultos, sem noção, tentam imitar os jovens. Se perdem. Exemplo disso: um apresentador de telejornal ir atrás da tal Luiza, para constatar a ficção, que não tem graça. Hoje, tudo virou bobagem!