Arrumando estantes.
Seria algo do cotidiano de dona Marina, mas dentre seus livros deveras empoeirados seu chalé abarrotado de caixas por abrir, suas estantes bagunçadas com o chalê apitando e o café esfriando estava Alberto, com aquele seu velho calção, cabelos bagunçados e camisa entre-aberta. Era o seu mago. Seu amante. Seu amor. Era um amor livre de esteriótipos, ele era um professor que dedicava a vida aos seus alunos da velha escola Nossa senhora Aparecida, e ela uma renomada doutora em psicologia; Eles amavam-se desde aquele entreolhares na escadaria da velha biblioteca de Leopoldina, Alberto como numa cena de filme americano esbarou-se nos livros de Marina e assim o romance pitoresco começou. Odalisca caminhava entre as prateleiras, e acha um lugar sobre um livro quentinho e ali mesmo dorme, etâ gatinha que adorava ficar perto dos dois naquele chalé tão amoroso e derretido de carinho. Eles arrumaram a estante, arrumaram o quarto a sala e a cozinha, acabaram de se mudar , na frente da casa tinha uma árvore que dava sombra pra casa o dia todo. Ah casal mais belo não havia, e a estante que eles acabaram de arrumar fora tomada pelo calor, suor do amor.