De Sherlock Holmes às cores de Amélie Poulain

Aproveitando o tempinho livre me dei ao prazer de ir ao cinema esta semana. O filme escolhido era Sherlock Holmes 2, o Jogo de Sombras. Não tenho mérito de tecer grandes críticas ou elogios, vos falo como mera telespectadora, mas o filme muito me agradou. Claro, detetive Holmes é o herói e sempre tem alguém para questionar que seria impossível não morrer em certas cenas. Mas de modo geral, o que direcionou a conversa ao final do filme, era a produção. Apenas como palpiteira, tenho mania de reparar no gráfico, nas cores, nos cenários e tudo mais. Talvez por isso, além do enredo, eu tenha gostado. Desde o figurino, passando pelas cores belamente apagadas e escuras, o filme vem carregado de slow motion e aventura. Um filme envolvente, eu diria, considerando até a atuação de Robert Downey Jr. Teve sim seus percalços, mas meu intuito aqui é apontar o que achei de bom.

Finalmente fazendo menção ao título do texto, discutir sobre Sherlock Holmes me remeteu a lembrar automaticamente do Fabuloso Destino de Amélie Poulain. Esse sim, posso dizer, que nenhum outro me agradou tanto no quesito cores. O filme todo nos convida aos verdes, vermelhos e amarelos. E no conjunto, a atriz que representa Amélie, Audrey Tautou, tem um rosto que casa perfeitamente com o enquadramento da tela, com as cores em questão, com o belo idioma Francês, aliás, este é um motivo a mais pra assistir ao filme. A trilha sonora e as reflexões do narrador da história nos impulsiona àquele sorriso leve e despercebido enquanto os personagens olham diretamente para nós, como se conversassem conosco durante a trama toda. Uma delícia. Tão encantador quanto o título em francês “Le Fabuleux Destin d’Amélie Poulain”. Com exceção de um elegante “bonjour” que o personagem de Jude Law pronuncia em Sherlock Holmes, os dois filmes nada tem em comum. Mas como uma boa admiradora de qualquer tipo de arte, amadora, diga-se de passagem, eu não podia deixar de palpitar.