Corujas e Elefantes

É engraçado como adquirimos nossos gostos. Eu mesma confesso que nem sempre sei de onde vem os meus. Mas pra falar de coisas atoa, tenho um apreço por corujas e elefantes e nem sei bem porquê. Quando eu era criança a coruja sempre aparecia de óculos nas histórias. Uma imagem culta, sábia. Eu gostava disso. Quanto aos elefantes, me encantava pensar que eles nunca esqueceriam uma pessoa que passasse pela vida deles uma única vez que fosse.

De gosto em gosto, talvez as flores azuis me encantam pela raridade e esoterismo. E entre tantas coisas atoa, sempre um apreço ou outro desperta mais curiosidade e aflição. Os do coração. Sim, eu admito que a maioria das coisas que tenho feito é pra substituir pensamento de afeições indevidas, saudades incontidas e blá blá blá. Corujas, elefantes e flor azul não é assim tão simples de gostar, mas nada se compara a frase estúpida que o coração cala. É por isso que tenho preferido a sabedoria, a doçura e a beleza com cheiro e cor! Realmente acho engraçado como adquirimos nossos gostos. Eu mesma confesso que nem sempre consigo controlar os meus.

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 12/01/2012
Reeditado em 13/05/2012
Código do texto: T3436536
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