VIVER DE APARÊNCIAS
Todo fim de ano eu faço uma faxina na minha vida, seja no armário ou seja no meu rol de contatos. E obviamente dessa vez não fora diferente, confesso que a faxina no armário foi menos trabalhosa do que a que fiz na minha lista de contatos. Sabe, eu sou aquele tipo de pessoa que não aprendi a ser meio legal, meio simpática, meio amiga, meio interessante, meio inteligente ou, até mesmo, meio charmosa. Muito pelo contrário, ou eu sou tudo por inteiro ou não sou nada de jeito algum, pois me incomoda muito o fato de saber que não estou sendo 100% alguma coisa, fato este que me levaria a ser uma pessoa "meia boca", e isso não é o que almejo. Estou escrevendo este texto para, talvez, por pra fora comportamentos alheios que venho observando e que me intrigam demais, e embora eu saiba entender que cada um age do modo que quiser, eu não sou obrigada a concordar com tais atitudes. Por exemplo, conheço pessoas que sempre falaram muito mal das outras, mas que por mera conveniência saem para beber juntas ou trocam piadinhas e entao eu pergunto: Será que viver de conveniências é mais válido do que ser autêntico? Afinal, quando aprenderemos a mostrar o que realmente sentimos pelo outro, ao invés de evitar que "não fique um clima chato"? Eu particulamente valorizo muito pessoas que mantém a postura, que falam o que pensam e que são amigas de quem realmente lhes interessam, e excluo automaticamente aqueles que vivem de aparências, aqueles que evitam que "o clima fique chato", inclusive entre pessoas que supostamente tentam desgraçar a vida de todo mundo aqui e ali. De vez em quando o clima tem mais é que ficar chato mesmo, oras! Temos mais é que explicitar para quem tentou nos prejudicar o quanto a repudiamos, ou não? Não pensem que desejo que as pessoas fiquem brigadas umas com as outras, apenas desejo que as pessoas sejam fieis aos próprios sentimentos, afinal criticar duramente o outro e mesmo assim evitar que "o clima fique chato" é a postura mais abominável que podemos ter, ou será que agradar quem tanto ousamos falar mal é mais prazeroso do que sermos nós memos? Se a regra é essa, eu prefiro ser anarquista! Acredito que se tal pessoa critica outrem e depois o "beija", penso que o mesmo fará comigo, o que me gera uma grande desconfiança, e quando surge essa grande desconfiança automaticamente excluo determinadas pessoas da minha lista de amigos legais e as coloco na lista de supostos amigos supostamente legais, o que não é nada bom. Desculpe-me a irônia, mas prefiro 1 amigo legal ao invés de 50 supostos amigos supostamente legais.
Falei, beijos.