Encontro-me sentada ao lado de onde repousas eternamente
Encontro-me sentada ao lado de onde repousas eternamente. O silêncio seria reinante não fosse a música do vento sobre as folhagens das pequenas árvores que envolvem este mal cuidado lugar. Quebrando o silêncio, gorjeios de pássaros à distância. Algumas borboletas volteiam sobre mim. O cheiro das velas queimando e juntando-se ao calor intenso do Soç dão-me a certeza de que não sonho. A saudade é a prova mais latente de tua falta. Deste, pois, tua vida pela incompreensão de que foste vítima, querida irmã Miracir.
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Do livro “Tópicos Emocionais”, parte integrante da coletânea "Passarela de Escritores". Edições Jacurutu. Teresina, 1997, página 74.
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