OS ESPECIALISTAS RECOMENDAM: SOLIDÃO COM MODERAÇÃO!

A autora Wendy Markham, em seu livro "Antes Mal Acompanhada que Solteira", faz uma descrição divertida dos dilemas femininos sob a ótica de uma mulher em busca de si mesma. A obra parece vir de encontro ao que dizem os cientistas após uma pesquisa: a solidão faz mal à saúde. E vão mais longe. Afirmam que a solidão é um fator de risco tão grande quanto o tabagismo, o alcoolismo, a obesidade e o sedentarismo. Minha preocupação é que resolvam estampar aqueles avisos, semelhantes aos do cigarro e das bebidas, na testa das pessoas que vivem sozinhas: "Solidão com moderação"!

Muita gente concorda com aquela frase da música do Erasmo Carlos "antes mal acompanhada do que só" e enquanto a pessoa certa (?) não aparece, o negócio é se divertir com as erradas. Mas como?

Tomemos como exemplo uma mulher de 40 (esta crônica tá parecendo um concerto musical!) ou mais. Clubes noturnos, festas de igreja, isso já era... Casualidade? Sei não, não acredito muito no acaso. Esperar sentada que alguém a descubra? E alguém lá tem tempo de bater na porta da dita cuja? Não estou dizendo que é impossível encontrar alguém depois dos 40, mas que é uma batalha isso é. Parece que entre as opções a mais em voga são as paqueras online. Muitos relacionamentos têm começado por aí. Se na hora do encontro ao vivo o príncipe é um sapo... bem aí teremos que voltar no tempo e pesquisar aquelas antigas estorinhas infantis!

Na realidade o mundo mudou e, com ele, homens e mulheres também. A independência financeira tornou as mulheres mais exigentes, o tempo ficou mais curto para romances demorados e o negócio é levantar a bandeira do "estou só e feliz". Eu, sinceramente, ainda acredito no velho ditado "antes só do que mal acompanhado". Porque, apesar das pesquisas, querer ter sempre alguém ao lado é coisa de gente que não tem vida interior. Ou como diria o gaúcho, curto e grosso: esse não aguenta a si mesmo, tchê!