Vamos rir! Oras!
Ah meu Deus, eu me mato de rir nessa internet e vendo TV.
Marcha pra maconha, parada gay, carnaval, Miss Brasil vinda diretamente de descendência alemã.
Dou gargalhadas ao ver o "jornal nacional", parece que eu estou a ver um filme de comédia, um show de horrores.
Vendo todas essas aberrações que trocam de lugar de quatro em quatro anos no senado, no plenário...
Enquanto a gente só empurra tudo isso com a barriga.
Vamos apoiar a boçalização do povo, e dar vivas a isso, mil vivas aliás!
A gente se contenta com futebol e cerveja... Pelo menos evoluímos, trocávamos pau-brasil por espelhos antigamente.
Hoje em dia não; a gente faz sex-tour pros gringos que vem pro nordeste, e isso quando não tem o delivery - que nada mais é do que a exploração sexual pura e simples, só contando apenas com o diferencial da entrega na casa do sujeito.
Mulheres se tornam objetos, homens se tornam máquinas e as crianças - pobres delas - acabam por cair no mundo cão mais cedo do que antigamente caiam.
Vamos ao caso da "Marcha da maconha":
“Ao som de marchinhas de Carnaval com letras adaptadas à legalização da maconha, cerca de 5.000 pessoas participaram na tarde deste sábado (7), da oitava Marcha da Maconha, de acordo com cálculos da Polícia Militar.”¹
- Me pergunto quantos desses que participaram de tal evento ‘glorioso’ pra alguns, sabem o numero exato de quantas crianças acabam morrendo pra algum viciado “apertar um baseado” ou “puxar uma carreirinha”.
Me pergunto ao mesmo tempo se algum desses vê no site do planalto (disponível a todos) as contas dos políticos que eles mesmos botaram lá.
Cinco mil é um numero grande, bem grande aliás.
Imaginem por um momento. Você liga a televisão em casa chegando do trabalho e se depara com a seguinte noticia: “Cinco mil pessoas morreram em confronto com a policia em um só dia”, ou: “Cinco mil pessoas estão fazendo um protesto pacifico na frente do Palácio do Planalto, em Brasília”
Sim, cinco mil fazem toda a diferença.
E enquanto isso cinco mil maconheiros, retificando: “cinco mil simpatizantes da maconha” se reúnem no Rio de Janeiro para a legalização.
Pode parecer boba essa minha obsessão, podem me chamar de careta, mas... Enfim.
Cansado de ver o “tributo a Bob Marley” na TV, mudo de canal, e vejo a Miss Brasil...
Linda, sorridente, metida num salto alto.
Branca que nem geladeira recém fabricada, cabelos lisos como o de um oriental.
“Esse é o Brasil?”
Esse é o padrão de beleza do Brasil?
Brasil esse que veio de uma tremenda mistura, que carrega nas suas costas o fardo de nada mais nada menos do que quinhentos anos de miscigenação pura e simples. E me pergunto:
“Porque a Miss Brasil é branca? Será essa a imagem que nós realmente temos, ou a imagem que eles querem vender do país?”
- Enquanto nós não tivermos uma Miss Brasil da cor do Brasil, seremos o Pré-Brasil.
Alegarão em seu favor: “Ah, ela é brasileira...”
É, é brasileira sim. Porém com o diferencial de que mais da metade da família dela é composta por alemães, ingleses e toda a sorte de europeus.
A beleza do Brasil é ela.
Loira, linda, com seu salto alto e; com aquele sorriso que mais parece o flash de uma Polaroid.
A beleza do meu país, ainda reside na porta-bandeira que samba lá no alto do morro pra espantar o medo do asfalto.
Já ouvi barbaridades, tais como: “O melhor do Brasil, é o brasileiro”
Hoje, digo que: “O melhor do Brasil é o Brasil; o pior é o brasileiro”
Enquanto fazemos banquetes em protesto pela fome mundial; andamos em nossos carros do ano e moramos nos melhores endereços, há um mundo lá fora, bem distante do nosso umbigo ao qual estamos acostumados a olhar.
Enquanto se come, alguém morre de fome. Enquanto se sorri, alguém chora. Enquanto se vive, alguém morre em um hospital superlotado.
Alguns estudam nas melhores escolas, outros tem de se contentar com a nossa “Educação Pública” – Se é que se pode ser chamada assim...
Mas a todo momento antes de me entristecer e usar minha cerveja como anti-depressivo a TV me lembra: “Vivemos em um ótimo país”
Daí não corto os pulsos, ao invés disso digo:
“Ah meu Brasil, meu lindo país de contrastes e estereótipos.
Como eu amo você...”