____ÁS VEZES VOCÊ NÃO VAI LER___

Às vezes me sinto tão cheia de vazio

Outras vezes me sinto tão grande

De pequenas delicias

Às vezes sinto tanta saudade do mundo

De um mundo que não me conhece

Às vezes me sinto tão esquecida

Que lembro ate de quem sou o que sou

Se eu sou ou não sou sei lá

Ás vezes sou um pouco de morte

Ás vezes sou um pouco de vida

Às vezes o mundo te mostra tantos caminhos

Que suas pernas se tornam curtas demais

E é necessária a ajuda do coração

Para continuar

Às vezes sou tão eu

Às vezes sou tantas como você

Às vezes penso que estou certa

E descubro que estou errada

Outras vezes tenho certeza de que estou

Errada e me encontro certa

Às vezes eu sou só um mistério de Deus aqui do

Outro lado da tela dialogando com minhas palavras

Para ver se descubro algo que faça com que eu entenda

Porque existe mais apego material

Do que apego fraternal

Às vezes eu sou só aquela doida cara de lerda

Que escreve estas bobagens para fazer companhia para si mesma

Às vezes choro duas lágrimas

Uma por dentro

Outra por fora

Às vezes dou risada de mim mesma

Às vezes sou eu na minha insanidade

Tentando entender

Não o mundo das pessoas

Mas o mundo que crio para mim

Às vezes Deus se manifesta em coisas tão simples

Que são passadas despercebidas

Porque grande maioria do ser humano

Acostumou-se com a grandeza de ter

E se esquecer de ser o mínimo com grande simplicidade

Às vezes eu sou só uma louca solitária

Ou uma pessoa feliz

Às vezes dói

Às vezes é alívio

Às vezes é o inferno

Às vezes é o paraíso

Às vezes sou um pouco de pecado

Às vezes sou um pouco de perdão

Às vezes sou só eu um corpo com desejos

E uma alma que vaga tentando se acertar

Beste eterno confronto.

Hoje o dialogo é mais divertido por letras

Do que sentados em uma mesa ou debaixo de um

Pé de manga, ou numa sala, numa varanda

Próximos de tecnologia

Longe de afetos

Temos medo de falar o que sentimos com quem dividimos

Um teto

Mas buscamos na ilusão da tecnologia aquilo que queremos

Na realidade, mas somos covardes demais para demonstrar

Que um oi, um obrigada, um abraço, dizer eu gosto de você

Eu te amo é covardia porque sempre vamos achar que vai ter o tempo certo

O certo que é o mais incerto dos mistérios

Às vezes eu sou assim falo o que acho

Escrevo o que penso ainda que ninguém

Entenda

Às vezes eu sou o inexplicável...

(Fernanda Maia Oliver)

Fernanda Maia Oliver
Enviado por Fernanda Maia Oliver em 09/01/2012
Reeditado em 09/01/2012
Código do texto: T3431071
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