O charme inglês

 

 

“Nada mais delicioso que ensaboar-se daquêle "Phebo" preto, num daquêles dias gelados do inverno sulino. Depois sair para uma caminhada sentindo aquêle cheiro floral-amadeirado, doce e quente. é de fato, inesquecível.” (Iratiense Joel)

 

“Gosto desses sabonetes, inclusive do pretão. Senti um cheirinho aqui...será que é do seu sabonete?” (Maria Olímpia)

 

“Tive o privilégio de morar próximo à fábrica, em Belém/PA. A rua é conhecida como a "rua do cheiro" e todo o quarteirão é impregnado da fragrância dos seus sabonetes.” (Roberto Rego)

 

 


 

Quando resolvi escrever sobre o sabonete Phebo, foi por causa da lembrança daquela situação engraçada que meu irmãozinho proporcionou. Nem imaginava receber comentários deliciosos e tão  perfumados como esses! E para falar a verdade, eu nada sabia de especial sobre ele. Fui procurar e achei sua história interessante.

 

Foi criado em 1930 por dois portugueses radicados em Belém do Pará, Antônio Lourenço da Silva e Mário Santiago. Eles vendiam cigarros, mas tiveram o sonho de fazer um sabonete brasileiro que fosse tão bom quanto os ingleses e franceses. Pesquisaram essências naturais da região e chegaram à fórmula daquele original, o pretão, que contém essência de pau-rosa da Amazônia e mais uma enorme quantidade de ingredientes, entre os quais sândalo, cravo da Índia e canela de Madagascar. O nome escolhido é do deus do Sol, da mitologia grega, que irradia calor e energia. Quanto ao formato e luxuosa embalagem, inspiraram-se num antigo sabonete inglês chamado Pear’s Soap. O Phebo foi lançado no mercado com o slogan ‘O sabonete de charme inglês’. Até 1980 quem desenvolveu o perfume dos sabonetes foi o criador da marca, Mário Santiago. Somente depois é que resolveu terceirizar a fabricação da fragrância.

 

É também criação deles a lavanda Seiva de Alfazema, lançada em 1941, que eu gostava muito e não sei se ainda existe.

 

 

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