Guerra Urbana.

Armados.

Alguns acertam o corpo e a carne morre.

Outrora acertam no peito, meio tiro já basta, espirito ferido.

O esgoto acumulado de ratos e restos, parecem os vermes terem vida própria perante a miséria e a falta de amor dos humanos.

Armados.

Insólita estupidez, buscam Deus , e deuses em horas marcadas, no desespero, na desesperança passam a se lembrar que o céu ainda possui cor.

É fatal, entre as idas e vindas, se atropela, manada de animais, tão cheios de sí e egos inflados, onde qualquer desgraça se instala alguma hora, o suficiente para se lembrar de fechar os olhos e ver no mínimo o mais simples.

Afrontam a sua coragem, quando és tú que saí detrás do pano, e mostra a cara, quando és tú que dá a face, e te espancam, também deste a outra e te humilham, são só animais esperando a hora do abate.

Armados.

Militares, civis, é gente comendo gente, espécie engolindo espécie.

A lei do mais forte.

Amor parece um algo feito para exclusividade de seus instintos, misturam-se ao sexo promiscuo, e suas almas perecem vazias.

É o fundo do poço, não há se quer gentileza, nem menção de algo parecido, a humanidade protelou-se ao progresso, deixando lacunas vazias, arestas a serem aparadas.

Existe um prazer masoquista na destruição, são feras cobiçando melhoras materiais, sem porquês, arquitetando caixões com gaveta.

De esconderijo saí, de peito aberto morro, mas morro longe dessa gente besta, com dinheiro no bolso, e raiva nos olhos.

Entretanto cá estou eu, no meu esconderijo subterrâneo, pois já tomei os tiros que cabia a mim nessa guerra evolutiva.

( Texto Baseado na Música - Deeper Underground - Jamiroquai )

http://www.youtube.com/watch?v=WIUAC03YMlA

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 08/01/2012
Código do texto: T3428466
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