Os Leões do Norte

Flocos de gelo e neve pairavam suavemente em suas cotas metálicas. Uma série de homens a cavalo pontilhava o horizonte, sangrando a honra pagã. Agora o silêncio estava presente de forma detestável. Quinhentas lanças tomavam a dianteira em nome da fé cristã, e mais oitenta nobres não filiados à ordens religiosas compunham a massiva côrte do exercito de Hermann. A paisagem possuía uma candura invejável, assim como suas respeitáveis túnicas, que ao longe denotavam a moral de seus portadores. Eles estavam lá para matar. Não poderiam morrer antes de chacinar, ao menos, dez cães á serviço do Czar; esse era o juramento perante o altíssimo. Haviam também, cavaleiros desmontados. Alguns portavam piques, outros esperavam ansiosos para sacar suas Lâminas. Naquela ocasião os arqueiros eram dispensáveis, pois o sangue seria bem vindo ao fio da espada. A trombeta soava aguda, seu significado era abraçado, e as emoções petrificadas. Os visores baixavam em sincronia ensaiada, encobrindo os semblantes louros dos filhos do Sacro Império Germânico. Três corcéis sobressaiam em frente ao regimento, mostrando os ares corníferos de seu líder. O Komtur Inclinava a face metálica para ambos os lados, os estandartes eram elevados, assim como duas bandeiras, que tremulavam sonoramente aos céus. As rédeas eram tomadas com pericia veterana e a morte os acompanhava de perto.

Invictus
Enviado por Invictus em 06/01/2012
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