Dar mole pro Kojak
Dar mole pro Kojak
Você já deu? Eu nunca!!! No meu tempo isso significava ser um tremendo babaca (será que hoje é Mané?), ou um otário mesmo (isso ainda vale: otário). Kojak era um espião-herói, um 007 careca que fez sucesso com sua eterna gola-rôle. Não lembras??? Putz-grila!!! Outro termo clássico (quase um Mozart) na época. “Tinha o “putz” que remetia a um susto e o famoso” putz grila”! Esse sim um caso sério, caramba! Nossa... Tem coisa mais velha que” caramba”? Esse já era velho no tempo em que eu era jovem, caramba, esse tempo passou...
Agora não sei me comunicar com os jovens, isso é ruim. Eles falam Inglês e as gírias são meio “fakes” ou meio mutantes (bom conjunto da minha época, recomendo!), quase não se falam. Facebook é o bicho! Será que é bicho mesmo? È o bicho também já caducou... Está tudo mudado e escritor aqui defasado. Fazer o que?
Cacildis! Grande Muçum, figuraça que tinha o dom de nos encantar. Já se foi... Ficamos como agora? Quem vai contar piadas inteligentes e ensinar a velha e boa malandragem, o Zeca pagodinho resiste, na boa música. E o malandro do morro? Está na internet? Ou doidão por aí praticando atos criminais? O samba perdeu espaço para a modernidade e todo mundo “se acha”. “Quem acha vive se perdendo...” Ouça Noel Rosa, aquele sabia o valor do verdadeiro malandro que vive com pouco dinheiro e muitos amigos, isso é um patrimônio. Cadê o botequim da esquina? Só tenho casas de sucos e chopinhos com amigos “descolados”, vale? O velho e bom pé sujo, de subúrbio, dos amantes da “purinha” e da caixa de fósforos como acompanhamento do samba descontraído ou criado na hora: popular e sem compromisso, puro como a cachaça servida, bons tempos...
Acho que dei mole pro Kojak falando de coisas passadas e sem sentido... Quem quer saber quem foi nosso herói careca e meio barrigudo? E ler esse escritor???
Fuiiiiiiiiiiiiii !