eternidade

Há um corpo de homem que ressona ao meu lado. Tem pele tépida, mãos quentes e um coração que bate perto e certeiro. Nem ouço a ventania que bate na janela, mas peço que qualquer luar feche a porta do tempo. Náo deixe minuto algum entrar neste sono de homem que sonha ao meu lado. Eu, fico de olhos abertos e espreito a vida. Insuspeitos segundos passam diante de mim. Me aposso do mais presente e digo pare, fique quietinho, não siga. Deixe o homem sonhar. Deixe-me crer que ele vai ficar, desse jeito ao meu lado, a ressonar, neste tempo presente que quero estender a mais não poder, até o homem acordar. Então, nesse outro minuto futuro, que não quero ver chegar, ele acorda, me abraça com seu corpo bom, diz um decidido adeus, e brinca comigo – “assim é a vida! deixa estar menina.... “