Não me peça
Não me peça que não me excite com voce, em voce tudo é contrário à santidade e pureza.
Não me peça isso, não posso faze-lo, sou humano, tenho sangue, tenho veias, tenho olhos, tenho aqui meu pau inchado e pingando um líquido transparente.
Não me peça que não fique assim: bobo, mordendo a boca e nervoso, não me peça que não deseje penetrar-lhe até os ossos (quão simétricos!).
Não me peça que não te morda como um assassino e te cheire e te aperte como um demente.
Seria mais plausível me pedir para saltar agora mesmo aqui do sétimo andar e depois voltar pelas escadas cantando alegre um samba, do que me conter.
Ora, não me peça isso!