Janeiro

Oi Gente,

Estava olhando por céu tentando advinhar em quanto tempo viriam as próximas chuvas de hoje, quando me dei conta que os prédios não mais exibiam as luzes do Natal. As sacadas parecem lavadas, apagadas da beleza das festas. E fico pensando se essa não seria a oportunidade pras pessoas reverem seus pontos de vista e de vida.

No ano de 2000, o janeiro nessa cidade foi marcado por uma enchente que, segundo os mais velhos, só acontece de quarenta em quarenta anos.

Gente, foi água que não acabava mais!

Se agora, nosso rio verde esta sete metros acima do normal, em 2000 deve ter subido uns quinze... As águas chegaram até a esquina de minha rua! E, além de molhados, muitos tricordianos perderam todos os moveis e tiveram suas casas castigadas pela força das águas. Estive la no parque de exposições, como repórter do Folha, e vi os vários desabrigados. O quê parecia e aparecia era o cuidado do poder público com os mais necessitados. Estavam la alojados durante as chuvas e, depois por mais alguns meses, pelo compromisso de que a prefeitura construiria novas casas, em lugares mais seguros. Falou-se muito sobre a necessidade de diversos procedimentos de engenharia pra evitar ou minorar tristezas causadas pela violência das águas . Desconheço se as promessas aos pobres foram cumpridas.

Pelas noticias que me chegaram ate agora, neste ano os desabrigados são quase os mesmos. Estão sendo removidos pelo poder publico pra o mesmo lugar provavelmente com as mesmas promessas.

Talvez porquê se elejam sempre as mesmas palavras!!!!

Inté,

Divarrah