Qualidade de vida: quatro aspectos
Li num livro: “A qualidade de vida de uma pessoa é diretamente proporcional ao seu compromisso com a excelência. Independentemente da área de atuação que ela escolheu.” (Vincent T. Lombardi). Refleti e concluí rapidamente que para vivermos bem é preciso equilíbrio em quatro aspectos.
O primeiro é o FÍSICO. A saúde é o tesouro mais precioso da nossa vida. É tudo. Sem saúde, nada mais importa. Então precisamos cuidar bem do nosso corpo, a morada da sabedoria, como dizem. E os cuidados básicos com o corpo, todo mundo sabe: alimentar-se adequadamente tanto em quantidade, frequência ao longo do dia como também na escolha do tipo de alimento; praticar exercícios físicos regularmente; e não expor o organismo a situações de risco presumido.
O segundo aspecto importante é o MENTAL. Não me refiro ao grau (ou quociente) de inteligência, mas à saúde da mente. Se tivermos apenas pensamentos negativos, adoeceremos da cabeça. É preciso equilíbrio mental, e não pensamentos e conclusões exageradas ou tendenciosas. A saúde mental influencia diretamente a física e vice-versa. Ler bons livros por exemplo enriquece a mente.
Em seguida, mas com a mesma importância, vem o ESPÍRITO. Existe sim a saúde espiritual. Precisamos cuidar da parte da nossa vida que está além da matéria. E como é invisível, é preciso uma dose de sensibilidade e sabedoria para cuidar dela. A filosofia de vida que a pessoa pratica determina o grau de saúde espiritual que ela possui, pois a conduz a ações e comportamentos. Decorre da saúde espiritual tudo aquilo que ocorre a nossa volta. A saúde do nosso ambiente depende do nosso espírito.
E o último aspecto é o EMOCIONAL, ou seja, o coração. Difícil dizer se há um desses quatro mais importante que os outros, uma vez que eles se inter-relacionam. Mas a saúde emocional é especial. É o que sentimos. É ela que define se somos felizes ou não. Já foi demonstrado cientificamente que a emoção vem antes da razão. A prova é o susto que levamos com coisas que já sabemos (racionalmente!) que não são assustadoras. Podemos então praticar “saúde emocional” fazendo coisas que gostamos, encontrando com amigos, estando na companhia de amores.
Não adianta se apegar a apenas um desses. Por exemplo, tem gente que só cultua o corpo e passa horas a fio na academia esculpindo cada parte física, mas esquece da mente. Não lê, não conversa. Outros bancam intelectuais e ficam só estudando a vida inteira, criando, além de barriga, colesterol e vida sedentária. Existem os desequilibrados emocionalmente. Muitos deles se curariam se fizessem exercícios físicos para aliviar a tensão ou assistissem a bons filmes para desviar a mente dos problemas tão atazanadores. E quem não possui uma filosofia de vida para enriquecer o espírito, além de adoecer se desencaminhará...
Portanto, a felicidade está no meio do caminho, no equilíbrio, e não em extremos ou exageros, ou em dedicar a vida a um único propósito. Se soubermos dosar cada um desses quatro aspectos, nosso dia-a-dia será rico e nossa vida será completa.
(Rio Preto, 11/10/2011)