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Be bop no samba
“Só ponho be bop no meu samba, quando o Tio Sam pegar no tamborim. Quando ele pegar no pandeiro e no zabumba, quando ele entender que o samba não é rumba. Aí eu vou misturar Miami com Copacabana”.¹
Eu tenho a impressão que os compositores Gordurinha e Almira Castilho fizeram esta música por causa da invasão das músicas norte americanas no Brasil. Mas o fato é que ela se encaixa bem com essa tal de “globalização”. Que globalização é essa, que um lado só tem que “absorver” a cultura do outro? A “globalização” é fazer o mundo todo falar inglês, é?
Segundo o meu pouco conhecimento, os países que falam inglês (como uma segunda língua) têm algum “motivo” para tal. O Japão já foi ocupado pelos Estados Unidos, durante a segunda guerra. Outros foram colônias etc. Então eles tiveram um “motivo” a mais para falarem o inglês. Nós, brasileiros, não temos motivo nenhum. A não ser algumas pessoas que sonham em serem “internacionais”.
Uma vez eu fiquei sabendo que se algum brasileiro montasse um restaurante lá, nos Estados Unidos, ele não podia colocar o nome do prato em português. Ele tinha que fazer uma “tradução” do que era o prato. Se isso foi verdade, eu não sei. Mas supondo que tenha sido verdade (e é bem capaz), isso é o que? É uma valorização do seu idioma, é uma defesa. Já aqui nós engolimos hot dog, hamburger... Sem ninguém se preocupar. Se não estou enganado, foi Camões quem disse: "Minha pátria, minha língua". E é isso mesmo. Vocês reparem na História, que todos os povos dominados foram obrigados a falarem a língua do dominador. Com isso eles perdem a identidade, perdem a origem, perdem a cultura... E só vão perdendo até não saberem mais quem são e o que significam no cenário mundial.
O pouco que eu sei do inglês, foi por ser disciplina obrigatória no currículo escolar. Fora isto, nunca me aventurei a aprender além. Procuro descobrir algumas coisas mais porque, infelizmente, os aparelhos eletrodomésticos daqui são fabricados com os nomes em inglês. Por quê isto? Será que nós estamos exportando eletrodomésticos? Eu acho uma vergonha nós ficarmos usando termos estrangeiros para “valorizar” as coisas. Por quê utilizar as palavras deles, se nós temos uma similar? O certo é em Portugal. Lá eles chamam o mouse de ratinho. Aí nós ficamos aqui, feito uns abestalhados, abusando dos play graund (é assim mesmo que se escreve?) e dos room, room da vida. Pois é, eu só valorizo o inglês deles, quando eles valorizarem o meu português. A maioria deles nem sabe onde fica o Brasil! E somos americanos, hem!
Disse Olavo Bilac: “O Brasil será uma das maiores, uma das mais formidáveis nações do mundo, quando todos os Brasileiros tiverem a consciência de ser Brasileiros”.
“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor” ².
¹ Chiclete Com Banana – Gordurinha e Almira Castilho
² Brasil Pandeiro – Assis Valente
04.01.2012
Eu tenho a impressão que os compositores Gordurinha e Almira Castilho fizeram esta música por causa da invasão das músicas norte americanas no Brasil. Mas o fato é que ela se encaixa bem com essa tal de “globalização”. Que globalização é essa, que um lado só tem que “absorver” a cultura do outro? A “globalização” é fazer o mundo todo falar inglês, é?
Segundo o meu pouco conhecimento, os países que falam inglês (como uma segunda língua) têm algum “motivo” para tal. O Japão já foi ocupado pelos Estados Unidos, durante a segunda guerra. Outros foram colônias etc. Então eles tiveram um “motivo” a mais para falarem o inglês. Nós, brasileiros, não temos motivo nenhum. A não ser algumas pessoas que sonham em serem “internacionais”.
Uma vez eu fiquei sabendo que se algum brasileiro montasse um restaurante lá, nos Estados Unidos, ele não podia colocar o nome do prato em português. Ele tinha que fazer uma “tradução” do que era o prato. Se isso foi verdade, eu não sei. Mas supondo que tenha sido verdade (e é bem capaz), isso é o que? É uma valorização do seu idioma, é uma defesa. Já aqui nós engolimos hot dog, hamburger... Sem ninguém se preocupar. Se não estou enganado, foi Camões quem disse: "Minha pátria, minha língua". E é isso mesmo. Vocês reparem na História, que todos os povos dominados foram obrigados a falarem a língua do dominador. Com isso eles perdem a identidade, perdem a origem, perdem a cultura... E só vão perdendo até não saberem mais quem são e o que significam no cenário mundial.
O pouco que eu sei do inglês, foi por ser disciplina obrigatória no currículo escolar. Fora isto, nunca me aventurei a aprender além. Procuro descobrir algumas coisas mais porque, infelizmente, os aparelhos eletrodomésticos daqui são fabricados com os nomes em inglês. Por quê isto? Será que nós estamos exportando eletrodomésticos? Eu acho uma vergonha nós ficarmos usando termos estrangeiros para “valorizar” as coisas. Por quê utilizar as palavras deles, se nós temos uma similar? O certo é em Portugal. Lá eles chamam o mouse de ratinho. Aí nós ficamos aqui, feito uns abestalhados, abusando dos play graund (é assim mesmo que se escreve?) e dos room, room da vida. Pois é, eu só valorizo o inglês deles, quando eles valorizarem o meu português. A maioria deles nem sabe onde fica o Brasil! E somos americanos, hem!
Disse Olavo Bilac: “O Brasil será uma das maiores, uma das mais formidáveis nações do mundo, quando todos os Brasileiros tiverem a consciência de ser Brasileiros”.
“Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor” ².
¹ Chiclete Com Banana – Gordurinha e Almira Castilho
² Brasil Pandeiro – Assis Valente
04.01.2012