Computador, Café, Cigarros e Criatividade

Eu finalmente voltei. Até que estava com saudades.

Pois é, eu sei que todos nós estávamos com saudade de tudo isso aqui. Eu também estava. Mas sabe como é, todas aquelas repetições voltaram... a mesma coisa de sempre; esses dias eu estava tentando redefinir minhas definições de ‘estranho’. E se é importante pra um de nós, é importante para todos nós, e se você não sabe todo o progresso que fiz foi antes de você chegar e arruinar minha vida; acho que esse deve ser meu milagre pessoal. Sua arma. É como se fosse antes, eu ouvindo minha própria sinfonia: Sinfonia? Sinfonia desse rádio maldito.

Sabe, fiquei tão perplexo que fiz os mortos levantarem das suas tumbas, tanto é que eles queriam me roubar; roubar meus ossos e deixar só a carne. Isso seria mesmo o melhor. Estou destruído por dentro e nada melhor que um buraco na alma pra acabar de uma vez só. Alguma vadia quebrou todas as minhas correntes e eu estou cada vez mais louco para saber quem é, ela quebrou as paredes que tinham entre mim e alguma outra coisa qualquer. As rachaduras dos seus lábios abrem como se fossem os livros; e aquelas luzes fracas demonstram o sorriso que há por trás dessa sua máscara, que você consegue chamar de rosto. Tem uma solidão nesse mundo que é maravilhosa e eu sei muito bem o que é isso; controlando o tempo, você pode ver tudo em uma espécie de 'câmera lenta', assim como eu.

O problema é essa bipolaridade das pessoas; tão cansadas e mutiladas pelo tempo e pelo cansaço: com muito amor, ou sem amor nenhum. Estamos todos desesperados e complexados, afinal, ninguém é bom o bastante pra ninguém.

Nós podemos muito bem escolher entre o suicídio coletivo e o nada. As pessoas nunca serão boas pras outras e se forem, conveniência. Ou parabéns, você é gentil; e é até que triste pensar nisso.

Deve haver uma saída, não sei, alguma coisa que nós não pensamos ainda. Mas não adianta; estamos todos presos por um só fato: o descaso.

O descaso me envenena de dentro pra fora, me fazendo explodir várias vezes. Alguém colocou isso dentro de mim e não há mais nenhum jeito de tirar.

Deve haver outra saída, não sei. Alguma coisa que eu não pensei ainda. Não adianta, eu já fui engolido e esmagado pela minha própria sinfonia.