Retrospectiva Baca 2011
Meus caros 23 leitores fiéis e demais leitores ocasionais deste Bacamarte, tive um ano completamente diferente.
Digo completamente porque em 2010 eu não fiquei o ano inteiro sem o meu latifúndio literário produtivo no saudoso jornal A Região; só durante os últimos seis meses. Já em 2011 eu fiquei o ano inteiro sem escrever pra jornal.
Logo, só isso já torna o ano completamente diferente para mim.
Em 1º de agosto eu comecei a escrever aqui no RL.
Antes perambulava pelos caminhos do Orkut e do meu Blog. É diferente escrever pra jornal e pra Internet. Aqui as pessoas comentam mais. No jornal eu não recebia emails dos leitores, apesar de eu saber que a tigrada gostava muito da minha coluna. É que o leitor de jornal comenta contigo se te vê nas ruas, já o da Internet tem o hábito de interagir online, é da natureza deste público, no qual também me incluo.
Nesse ano não transei com nenhuma mulher diferente, só com a minha esposa Louise mesmo. O que já tá mais que bom, ela é bem jeitosa, embora meio ruim de gênio e um pouco inteligente demais pro meu gosto (casei com ela por causa do grande coração, dos excelentes dotes culinários e do... bem, deixa pra lá minhas intimidades, né). Aliás, sou um monogâmico convicto. Talvez um dos únicos da face da terra, pelo que percebo por aí. Logo, na minha Retrospectiva Baca 2011 não tem sacanagem nem feitos eróticos.
Aliás, nem sei porque tive a idéia de fazer esse texto, pois tudo o que de interessante vi nesse ano já está nos textos publicados aqui e no Blog.
Mas já que comecei a escrever, tenho agora de ir até o fim. Tudo em respeito a vocês que estão lendo esse texto.
Ah, meu gato, o Santos, foi atropelado.
Que nem o Santos (o time) foi pelo Barcelona. O Santos (o gato) andava de quatro pela rua quando veio um carro é "pá" nele, levando-o a cair de quatro, que nem o time da Vila Belmiro. Perdeu uma vista e quedrou a mandíbula.
Essa é toda a parte boa da história.
Na pior entra o veterinário, um "santo" homem, que salvou o gato, mas que raspou meu dinheiro. Eu devia ter feito um plano de saúde para o Santos, nem sei se existe isso, mas eu devia ter feito.
Agora tá lá o Santos, caolho, banguela, de beiço caído e babão. Um amor de bichano! Eu ainda acho, pelo menos... É o meu gato né, ora bolas, se eu não gostar dele, quem vai?
A Sabrina é que não!
Ela é a gata da minha vizinha (que, por sinal, também é uma "gata").
Olha para o Santos, dá um miado estridente e foge assutada. Tadinho do Santos, acho que a sua carreira de felino macho reprodutor está seriamente ameaçada.
E agora eu tenho de fazer papinha pra ele no liquidificador, todo santo dia, duas vezes por dia. Não consegue mastigar nada sólido.
O veterinário, aquele "santo" homem, acha melhor eu ficar fazendo papinha pra ele do que operar e colocar uma prótese, pois corremos risco do Santos rejeitá-la. Claro, ele se compromete em me vender sachê para o resto da vida do Santos. Um santo homem esse veterinário, realmente.
Buenas gente, era isso né, nem tenho mais nada a dizer nessa retrospectiva baca 2011.
Estou curtindo o mar nesses últimos dias de 2011, mais especificamente o Oceano Atlântico. Recentemente li "O velho e o mar", do Hemingway.
Fico aqui na praia, protegido do sol, observando a fauna humana que desce em peso pro litoral nessa época, olhando o mar revolto pelo vento forte e pensando na vida, esperando o réveillon (assim escrito, em francês, como o Ernest, que viveu em Paris, faria).
Um grande 2012 para todos vocês.
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Era isso pessoal. Toda sexta, final de tarde, estarei aqui no RL com um novo texto. Abraço a todos.
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