DESFAÇATEZ
DESFAÇATEZ
Desfaçatez, sem dúvida, é a palavra que melhor define a posse de Senador da República, ocorrida ontem em Brasília. A lamentar também, os 1.800.000 votos que lhe foram concedidos pelo povo do Pará. Abro um parênteses, para louvar e suspirar aliviado, a derrubada da criação dos estados de Tapajós e Carajás que faria com que corrêssemos o risco de ver, outros personagens da região, eleitos para ocupar mais vagas abertas, com “qualidades”, quem sabe, idênticas ao do agora empossado.
Essa posse, demonstra cabalmente a falta de educação que grassa em nosso país, e gera a consequente ausência total, de princípios de cidadania.
Quando um povo ainda não tem a capacidade de escolher seus representantes, de forma responsável e consciente, cabe a parcela da população esclarecida, através de seus órgãos de fiscalização e controle, não permitir que maus elementos assumam posições de destaque no cenário nacional.
Não foi o que ocorreu com o Supremo Tribunal Federal, que através de decisão, a meu ver, equivocada, permitiu que o eleito, mesmo com as mãos manchadas pelos desmandos cometidos, assumisse o cargo de Senador.
Essa posse, e ainda a foto estampada em primeira página, de um dos jornais de maior circulação no país, que mostra o educado filho, ladeado pelo pai e agora senador, mostrando a língua para a sociedade, é um escárnio e um tapa na cara de todos nós.
Esse é o Brasil, sexta maior economia do mundo, mas, sem dúvida, um dos últimos classificados em consciência social.