BAIRRO ALTO
Brasil e Portugal têm traços comuns, herança de pai para filho. O Bairro Alto, no coração da “mãe gentil”, é a Lapa lisboeta. É lá que os melhores bares, restaurantes, cafés e casas de fado dividem espaço e oferecem o melhor da vida noturna ao diversificado público frequentador. Ali também anda-se de bonde, mas principalmente a pé, pois as distâncias são pequenas entre os bairros tradicionais e deles vê-se belas paisagens.
São charmosas aquelas estreitas e tortuosas vielas. Em pedras, com seus aclives e declives entre casarões seculares revestidos de azulejos, rigorosamente preservam a tradição da velha e encantadora cidade. As ladeiras do Bairro Alto lembram as de Salvador. São poeticamente memoráveis, como é a Baixa do Sapateiro. A capital baiana é uma Lisboa tropical habitada por afros-descendentes. Assim também São Luis, cujo centro histórico é uma Lisboa em miniatura. O Palácio dos Leões, sede do governo maranhense, é uma exuberante réplica da colonial arquitetura portuguesa. Em São Luis vê-se muito de Lisboa. Recife também, onde o Capibaribe lembra o Tejo, mas os pernambucanos têm sua capital como a "Veneza Brasileira”.
Em Portugal o Bairro Alto tem belas raparigas lisboetas. No Brasil, só indo ao Pelourinho, em Salvador, sabe-se o que é que a baiana tem. Digam, pois, os gajos de lá aos patrícios de cá, ó pá!
Há traços comuns e traços distintos. No idioma, principalmente. Os portugueses dizem que os brasileiros falam cantando. Nós é que vemos em cada frase de um lusitano o eco dolente de um fado. E ambos admiram a pronúncia um do outro. Isto, pra quem vai a Lisboa ou vice versa, é gozado e curioso. No autocar, a voz de uma cantora brasileira pareceu-me estranha. O motorista, admirado, perguntou-me:
- Não sabes quem está a cantar? A música é nossa, mas a cantora é do vosso país!
Quando eu reconheci aquela voz já havia deixado o autocar e andava a pé, por uma viela do Bairro Alto, um lugar parecido com os becos do Brasil.
Quer ouvi-la também, leitor? Clique nos links abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=s5NoOsvqO8U
(Nem as paredes confesso).
http://www.youtube.com/watch?v=D0-qhsM-AiA
(Lágrima).
Alô pessoal, gente amiga!
Foi muito bom estarmos juntos em 2011. Gratíssimo por tudo, especialmente pelos belos textos e comentários compartilhados. Dia 3 de janeiro, eu e minha família viajaremos. Feliz e abençoado ano novo para todos.
Grande abraço,
Hermílio
Brasil e Portugal têm traços comuns, herança de pai para filho. O Bairro Alto, no coração da “mãe gentil”, é a Lapa lisboeta. É lá que os melhores bares, restaurantes, cafés e casas de fado dividem espaço e oferecem o melhor da vida noturna ao diversificado público frequentador. Ali também anda-se de bonde, mas principalmente a pé, pois as distâncias são pequenas entre os bairros tradicionais e deles vê-se belas paisagens.
São charmosas aquelas estreitas e tortuosas vielas. Em pedras, com seus aclives e declives entre casarões seculares revestidos de azulejos, rigorosamente preservam a tradição da velha e encantadora cidade. As ladeiras do Bairro Alto lembram as de Salvador. São poeticamente memoráveis, como é a Baixa do Sapateiro. A capital baiana é uma Lisboa tropical habitada por afros-descendentes. Assim também São Luis, cujo centro histórico é uma Lisboa em miniatura. O Palácio dos Leões, sede do governo maranhense, é uma exuberante réplica da colonial arquitetura portuguesa. Em São Luis vê-se muito de Lisboa. Recife também, onde o Capibaribe lembra o Tejo, mas os pernambucanos têm sua capital como a "Veneza Brasileira”.
Em Portugal o Bairro Alto tem belas raparigas lisboetas. No Brasil, só indo ao Pelourinho, em Salvador, sabe-se o que é que a baiana tem. Digam, pois, os gajos de lá aos patrícios de cá, ó pá!
Há traços comuns e traços distintos. No idioma, principalmente. Os portugueses dizem que os brasileiros falam cantando. Nós é que vemos em cada frase de um lusitano o eco dolente de um fado. E ambos admiram a pronúncia um do outro. Isto, pra quem vai a Lisboa ou vice versa, é gozado e curioso. No autocar, a voz de uma cantora brasileira pareceu-me estranha. O motorista, admirado, perguntou-me:
- Não sabes quem está a cantar? A música é nossa, mas a cantora é do vosso país!
Quando eu reconheci aquela voz já havia deixado o autocar e andava a pé, por uma viela do Bairro Alto, um lugar parecido com os becos do Brasil.
Quer ouvi-la também, leitor? Clique nos links abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=s5NoOsvqO8U
(Nem as paredes confesso).
http://www.youtube.com/watch?v=D0-qhsM-AiA
(Lágrima).
Alô pessoal, gente amiga!
Foi muito bom estarmos juntos em 2011. Gratíssimo por tudo, especialmente pelos belos textos e comentários compartilhados. Dia 3 de janeiro, eu e minha família viajaremos. Feliz e abençoado ano novo para todos.
Grande abraço,
Hermílio