Romulus

A Sutil desavença que fizera ao sangue... Divino liquido vertido em meus lábios como o vinho de Dionísio. Pós-palavras verídicas e afiadas como o instrumento amolado de um camponês, encerrava o seu ciclo. Assim como a Velha e farta oliveira deixara os seus frutos tão saudosos se despirem aos solos fúnebres e honrados, confinados aos vestígios de cada um dos passos de nossos soldados. Um horizonte de lanças que trespassaram a imponente brasa da carruagem do próprio Hélios, em plena alvorada sua coroa perdia-se entre as relíquias de Hefestos. Legião tão grandiosa como as épocas em que as uvas alquebravam as aflições dos escravos, pois estavam cálidas ao orvalho das chuvas, do velho crepúsculo das oferendas á Diana. Tempos que jamais esquecerei-me... Da calmaria a fúria jaz em milícia, breve agitara-se, tal como o mar se espelhava nos oceanos. Éramos gêmeos, mas assim como as cóleras dos confins de Poseidon, os céus moldavam-se num véu semelhante ao ébano noturno, a tempestade viria cedo ou tarde. Éramos gêmeos...

Invictus
Enviado por Invictus em 27/12/2011
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