Meu recado para as pessoas empáticas (antes que o ano termine)
http://youtu.be/5p6GiX84-_s (não deixem de ver o vídeo, após a leitura)
Como a gente sabe, a pessoa empática tem uma forte tendência para sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse na mesma situação.
Tenho comigo dois exemplos extremos de empatia. O primeiro caso se deu com um colega de trabalho. Como não pode emprestar o carro para um amigo necessitado (houve uma impossibilidade real), esse meu amigo chorou copiosamente, colocando-se no lugar do amigo, que precisava urgentemente do carro.
Quando rapaz, participei de um enterro de um familiar, no conhecido cemitério São João Batista, no Rio. O filho enterrava o velho pai e fazia um discurso com muito sentimento. De repente, teve um ataque fulminante do coração, morrendo ali mesmo, diante do pai morto. Todos tivemos que participar de dois enterros.
Tinha um pouco essa tendência de sofrer o sofrimento dos outros. Às vezes chegava em casa choroso com alguma situação sofredora de alguém e era logo advertido pelo meu pai, que se lembrava do enterro duplo: “não me diga que você vai querer morrer em solidariedade ao seu amigo”.
Parece brincadeira, mas é isso mesmo que se dá com a pessoa empática.
Por terem essa peculiaridade, essas pessoas sofrem mais e se prejudicam muito em suas vidas particulares.
Podem até suportar, por exemplo, um casamento que não deu certo. Sofrem com o desacerto do outro. Acho que a pessoa empática tem um maior grau de compreensão e, lá, onde as pessoas não enxergam nada, muito pelo contrário, se irritam e mandam o outro para aquele lugar, o empático vai encontrar mil razões para os problemas da outra pessoa.
Já permaneci num emprego desnecessário por muito tempo para que o Chefe não sofresse com a minha retirada.
Talvez esteja aí a verdadeira explicação porque acabava, na juventude, namorando moças com deficiências físicas, fato que já contei em outra crônica. Era mais empático. A pureza dos jovens...
Falei de mim, que não sou o melhor exemplo, para que estas pessoas maravilhosas, a quem dirijo esta crônica, entendam que eu estou sabendo o que elas passam e as reverencio por esse lado tão bonito que elas têm. Tenho o maior respeito por esse tipo de pessoa e me vem à mente algumas delas. Conservam a empatia pela vida toda.
Precisava dizer isso, por uma questão de justiça, e por ser verdade. E eu me arriscaria a dizer que os empáticos até suportam com certa alegria suas vicissitudes, que talvez não se resolvam nunca, porque além da sua notável empatia, mostram que têm muito amor no seu coração. O amor tem tantas facetas, tantas formas, visíveis e invisíveis, que até posso afirmar que é por amor que conseguem levar seus fardos com leveza, elegância e boniteza. Não tropeçam nas pedras do caminho, com seus passos certos sabem contornar as situações da vida. Os empáticos têm o mais importante: compaixão! É o que vejo com clareza numa amiga mais próxima de mim.
Se existem outros mundos, outros tempos para nós, fiquem certos que mais adiante a felicidade sorrirá para todos os empáticos. E, certamente, conhecerão o paraíso. Com muita poesia! Essa gente tem uma certa milonga pra viver e não se deixam abater nunca. É a comparação que faço com a dança, neste fim de ano e que nos torna mais reflexivos. Como a moça do vídeo,dançando tango, que acompanha esta crônica, sofrem, sim, mas conseguem dar um baile na vida. E encantam a todos nós, pessoas lindas que são, com suas presenças compassivas.
Enquanto o paraíso não chega, vou preferindo ficar ao lado dos empáticos, pois o mundo precisa muito deles, ouvindo um tango milongueiro e tomando o meu bom vinho chileno. Boas Entradas, meus amigos e amigas. Viva o ano Novo!!!
http://youtu.be/5p6GiX84-_s (não deixem de ver o vídeo, após a leitura)
Como a gente sabe, a pessoa empática tem uma forte tendência para sentir o que sentiria outra pessoa, caso estivesse na mesma situação.
Tenho comigo dois exemplos extremos de empatia. O primeiro caso se deu com um colega de trabalho. Como não pode emprestar o carro para um amigo necessitado (houve uma impossibilidade real), esse meu amigo chorou copiosamente, colocando-se no lugar do amigo, que precisava urgentemente do carro.
Quando rapaz, participei de um enterro de um familiar, no conhecido cemitério São João Batista, no Rio. O filho enterrava o velho pai e fazia um discurso com muito sentimento. De repente, teve um ataque fulminante do coração, morrendo ali mesmo, diante do pai morto. Todos tivemos que participar de dois enterros.
Tinha um pouco essa tendência de sofrer o sofrimento dos outros. Às vezes chegava em casa choroso com alguma situação sofredora de alguém e era logo advertido pelo meu pai, que se lembrava do enterro duplo: “não me diga que você vai querer morrer em solidariedade ao seu amigo”.
Parece brincadeira, mas é isso mesmo que se dá com a pessoa empática.
Por terem essa peculiaridade, essas pessoas sofrem mais e se prejudicam muito em suas vidas particulares.
Podem até suportar, por exemplo, um casamento que não deu certo. Sofrem com o desacerto do outro. Acho que a pessoa empática tem um maior grau de compreensão e, lá, onde as pessoas não enxergam nada, muito pelo contrário, se irritam e mandam o outro para aquele lugar, o empático vai encontrar mil razões para os problemas da outra pessoa.
Já permaneci num emprego desnecessário por muito tempo para que o Chefe não sofresse com a minha retirada.
Talvez esteja aí a verdadeira explicação porque acabava, na juventude, namorando moças com deficiências físicas, fato que já contei em outra crônica. Era mais empático. A pureza dos jovens...
Falei de mim, que não sou o melhor exemplo, para que estas pessoas maravilhosas, a quem dirijo esta crônica, entendam que eu estou sabendo o que elas passam e as reverencio por esse lado tão bonito que elas têm. Tenho o maior respeito por esse tipo de pessoa e me vem à mente algumas delas. Conservam a empatia pela vida toda.
Precisava dizer isso, por uma questão de justiça, e por ser verdade. E eu me arriscaria a dizer que os empáticos até suportam com certa alegria suas vicissitudes, que talvez não se resolvam nunca, porque além da sua notável empatia, mostram que têm muito amor no seu coração. O amor tem tantas facetas, tantas formas, visíveis e invisíveis, que até posso afirmar que é por amor que conseguem levar seus fardos com leveza, elegância e boniteza. Não tropeçam nas pedras do caminho, com seus passos certos sabem contornar as situações da vida. Os empáticos têm o mais importante: compaixão! É o que vejo com clareza numa amiga mais próxima de mim.
Se existem outros mundos, outros tempos para nós, fiquem certos que mais adiante a felicidade sorrirá para todos os empáticos. E, certamente, conhecerão o paraíso. Com muita poesia! Essa gente tem uma certa milonga pra viver e não se deixam abater nunca. É a comparação que faço com a dança, neste fim de ano e que nos torna mais reflexivos. Como a moça do vídeo,dançando tango, que acompanha esta crônica, sofrem, sim, mas conseguem dar um baile na vida. E encantam a todos nós, pessoas lindas que são, com suas presenças compassivas.
Enquanto o paraíso não chega, vou preferindo ficar ao lado dos empáticos, pois o mundo precisa muito deles, ouvindo um tango milongueiro e tomando o meu bom vinho chileno. Boas Entradas, meus amigos e amigas. Viva o ano Novo!!!