POSSO ESCREVER (Phellipe Marques)
Posso escrever sobre a chuva, a melodia, o amor e a vida.
Posso verdadeiramente escrever.
Tenho liberdade para viver e vida para extrair toda a beleza universal.
A poesia que ainda falta ser escrita está em meu coração e o verso perfeito em minhas vivências.
A volta de um amor esperado, o aprendizado de uma vida, a relação entre os seres humanos, o cotidiano de Drummond e a essência da vida.
Tudo está em mim, nas falas e na atitude, na escrita em cada estrofe.
Eis a poética de uma vida tão sofrida, de tantas injustiças e diferenças, de tantos desiguais e de tanto lixo cultural.
Posso escrever sobre uma cadeira ou cachoeira, uma rede social ou um farol, um notebook ou sobre o sol, um celular ou uma flor, um caderno cheio de amor e não permito que a poesia que se apresenta torne-se banal.
Posso escrever porque tenho amor, sentimento que move o mundo das paixões humanas.
Posso escrever e o faço.
Não me pergunto se irão gostar, expresso.
Não me pergunto se está bom, faço.
Se me chamam de poeta, aceito. Se me chamam de sonhador, discordo.
O sonho é meramente um sonho se não há nenhuma ação efetiva para torná-lo real.
Se a minha poesia mexe com quem lê, o objetivo final foi cumprido.
Palavras vazias não conseguem transpor as barreiras do coração.
Posso escrever e meu sentimento maior é a gratidão por ter inspiração.
Posso escrever e escrevo.