NATAL E O SENTIDO DA FELICIDADE
É impossível não pensar e refletir sobre a felicidade especialmente na época do Natal.
O natal que muito quer dizer por muitos se vê esvaído de significado, pois em grande parte representa a felicidade transvestida em consumismo exacerbado e compulsivo, onde o mais importante é o material, é a representação de um bem que agrega status, beleza e uma série de projeções comerciais atribuídos pela sociedade que vem se perdendo em alegrias efêmeras.
Essas pseudo alegrias em sua maioria são artificiais e geram verdadeiros buracos negros de razão e significado, e como um entorpecente causa uma grande depressão após ter findado seus efeitos. Precisamos de doses maiores em uma frequência mais intensa para sentirmos o mesmo êxtase e felicidade.
Em que exato momento realmente se deu tal super valorização do material será difícil precisar. Alguns dizem que o sistema capitalista e as economias de mercado iniciaram esse processo quando passaram a valorizar o homem em razão do seu trabalho, sendo que, enquanto ele fosse produtivo e pudesse consumir e gerar mais riquezas teria sua utilidade na sociedade. Pois a partir do momento em que chegasse sua senilidade ele seria descartável e desprovido de serventia.
De tanto receber esse bombardeio de informações ideológicas embutidas em todas as mídias acabamos por inconscientemente dar o mesmo tratamento mercadológico consumista de efêmera felicidade e utilidade dos bens também as pessoas, sejam elas companheiras de trabalho, amigos e até parentes.
Como o natal é um tempo de alegrias e renovações em seu sentido verdadeiro, independente de mais nada, somente da certeza de que Deus mandou Seu Filho para nos salvar e transformar toda uma sociedade e sua forma de pensar. Então que possamos refletir nossas prioridades e forma de viver e amar para sermos mais justos, termos mais fé no ser e não no ter para chegar mais perto do sentido real da felicidade.