Velhos tempos, bons modos !
Há algum tempo atrás, não sei precisar quando, em uma das minhas crônicas, comentei que as pessoas estão perdendo os bons modos.
Comentei que, ao assentar-se numa poltrona de ônibus, de nada adianta pedir permissão a quem esteja ao lado – ela não irá responder àquele gesto. E, muito pior, não olhará para quem o solicitou. Caso haja um assalto praticado por aquela pessoa, a muda não conseguirá identificá-lo, pois não olhou para quem a interlocutou.
Agora mesmo, em meu horário de almoço, estava no estacionamento matutando debaixo das árvores e pude observar duas meninas de braços dados, subindo a rua.
Que bonito gesto. Lembrei-me de quando pequeno, via a minha mãe e as minhas irmãs sempre andando assim: de braços dados. Com as amigas delas também era a mesma coisa: andando sempre de braços dados. A minha esposa era assim!
Era um traquejo feminino daquela época. Um sinal de respeito, de amizade de uma para com a outra.
Comentei com uma companheira da escola, o seguinte:
_ Que bacana, hein? Quase não se vê isso hoje em dia.
A minha colega então disse:
_ É porque, se hoje andamos assim, eu e outra colega, logo falarão que somos sapatões!
Não me restou outra resposta:
_ Que pena! Que feio!