HUMOR – Ganhar na “Giga-sena” é
facílimo – Parte final
HUMOR – Ganhar na “Giga-sena” é facílimo – Parte final – 20.12.2011
A rigor, não deveria publicar a parte final dessa crônica, porquanto os leitores não a aprovaram, tanto que somente nove pessoas me deram o prazer de sua leitura. Todavia, em face do meu compromisso, jamais poderia negar aos colegas, principalmente, a oportunidade de participar comigo de meus textos. Mas parece que ninguém por estas bandas tem o desejo de ganhar dinheiro fácil e isso é muito bom pra todos nós.
Vamos em frente. O estudioso aluno do curso de computação, senhor Rodriguez, de logo manjou quanta facilidade disporia para fraudar os bilhetes que seriam felizardos em qualquer dos futuros sorteios; bastaria que ao seu lado estivesse um outro funcionário daquela CAIXA, que dispusesse da senha para entrar no sistema, porquanto para fazer alterações nos volantes vendidos seria “mesmo que queijo”, como se diz na gíria. Até porque nos arquivos da instituição havia uma placa mãe de todas as máquinas em uso pelos lotéricos em todo o país, a fim de conferir na realidade se o bilhete apresentado fora realmente ganhador.
Pois bem, o Rodriguez fizera amizade com o chefe Delacombe, a ponto de merecer dele a confiança de utilizar de vez em quando a senha sigilosa que somente ele possuía. Não necessariamente seria preciso que o seu colega de atividade participasse das fraudes planejadas, até porque não apareceria em lugar algum o nome das pessoas envolvidas. Assim, preferiu agir sozinho em seu plano que já nascera vitorioso.
Consistia no seguinte: Ao fechar o movimento do conjunto das casas lotéricas, apurado e divulgado o montante que seria o valor do prêmio, Rodriguez comandava a apresentação na tela do computador de um bilhete qualquer, normalmente de uma aposta de valor mínimo, realizada um dia antes de encerrar os palpites, a fim de não proporcionar desconfiança, o que seria impossível se o fizesse como se fora o último apostador. Penso que até aqui todos estão entendendo, mas ele poderia fazê-lo com vários volantes se o quisesse...
Uma vez disponíveis os dados, ou sejam, os números jogados, os palpites, ele os apagava, ficando agora o bilhete em branco, porém devidamente válido, pois continha todos os dados da loja que o vendera, digamos asim estava autenticado. No dia do sorteio, a cada chamada dos números, ele os ia embutindo no cartão que estava disponível, de sorte que quando chamassem oito bolinhas ele já havia feito a “Giga-sena” sem qualquer dúvida. Poderia até “bater”, ou seja, ganhar com seis, sete, oito e quantas chamadas achasse conveniente, até mesmo para possibilitar a que não ocorresse a vitória de somente um apostador, ele, no caso. Também se apenas o seu bilhete fosse o premiado não haveria nenhum problema.
Feita a introdução dos novos números, a coisa mais fácil do mundo, ele gerava a emissão do respectivo bilhete com a data do anterior. Fechava a máquina direitinho, de maneira que seria impossível saber-se fora adulterado qualquer dado antes armazenado.
E para receber o prêmio, poderia alguém perguntar?! Uma tranquiliade, era somente se infronhar em quadrilhas (e como havia bandos de ladrões naquele país!!!), eleger um camarada, orientá-lo convenientemente, levá-lo a uma filial qualquer da CAIXA (não era obrigatório o recebimento na de origem da aposta). Uma vez recebida a vultosa quantia, e depois de alguns dias, a comissão do malandro era tirada e o restante mandado a um paraíso fiscal em nome de alguém da confiança do Ramirez.
Esse rapaz tornou-se o melhor amigo do Delacombe, passaram a comparecer a festividades, jogos de futebol, aniversários e outros eventos, tudo sempre regados ao velho uísque do bom e do melhor. Contam que ele depois se acoplou ao plano do colega e passaram a agir em dupla, mas não posso afirmar com certeza.
Maiores detalhes eu não poderia dizer, pois me contaram isso com muita pressa. O que nos deixa dormir tranquilos é que aqui no Brasil esses expedientes jamais seriam utilizados, pois a marca de nossa administração pública é a honradez e o compromisso seriísimo com o dinheiro do governo e dos nossos cidadãos...Ladrão por aqui vai pra cadeia imediatamente e não adianta choro e nem vela...
Ansilgus
Nota: Qualquer semelhança, por mínima que seja, com fatos e pessoas aqui mencionados é mera coincidência, eis que isso é uma obra de ficção.Vamos em frente. O estudioso aluno do curso de computação, senhor Rodriguez, de logo manjou quanta facilidade disporia para fraudar os bilhetes que seriam felizardos em qualquer dos futuros sorteios; bastaria que ao seu lado estivesse um outro funcionário daquela CAIXA, que dispusesse da senha para entrar no sistema, porquanto para fazer alterações nos volantes vendidos seria “mesmo que queijo”, como se diz na gíria. Até porque nos arquivos da instituição havia uma placa mãe de todas as máquinas em uso pelos lotéricos em todo o país, a fim de conferir na realidade se o bilhete apresentado fora realmente ganhador.
Pois bem, o Rodriguez fizera amizade com o chefe Delacombe, a ponto de merecer dele a confiança de utilizar de vez em quando a senha sigilosa que somente ele possuía. Não necessariamente seria preciso que o seu colega de atividade participasse das fraudes planejadas, até porque não apareceria em lugar algum o nome das pessoas envolvidas. Assim, preferiu agir sozinho em seu plano que já nascera vitorioso.
Consistia no seguinte: Ao fechar o movimento do conjunto das casas lotéricas, apurado e divulgado o montante que seria o valor do prêmio, Rodriguez comandava a apresentação na tela do computador de um bilhete qualquer, normalmente de uma aposta de valor mínimo, realizada um dia antes de encerrar os palpites, a fim de não proporcionar desconfiança, o que seria impossível se o fizesse como se fora o último apostador. Penso que até aqui todos estão entendendo, mas ele poderia fazê-lo com vários volantes se o quisesse...
Uma vez disponíveis os dados, ou sejam, os números jogados, os palpites, ele os apagava, ficando agora o bilhete em branco, porém devidamente válido, pois continha todos os dados da loja que o vendera, digamos asim estava autenticado. No dia do sorteio, a cada chamada dos números, ele os ia embutindo no cartão que estava disponível, de sorte que quando chamassem oito bolinhas ele já havia feito a “Giga-sena” sem qualquer dúvida. Poderia até “bater”, ou seja, ganhar com seis, sete, oito e quantas chamadas achasse conveniente, até mesmo para possibilitar a que não ocorresse a vitória de somente um apostador, ele, no caso. Também se apenas o seu bilhete fosse o premiado não haveria nenhum problema.
Feita a introdução dos novos números, a coisa mais fácil do mundo, ele gerava a emissão do respectivo bilhete com a data do anterior. Fechava a máquina direitinho, de maneira que seria impossível saber-se fora adulterado qualquer dado antes armazenado.
E para receber o prêmio, poderia alguém perguntar?! Uma tranquiliade, era somente se infronhar em quadrilhas (e como havia bandos de ladrões naquele país!!!), eleger um camarada, orientá-lo convenientemente, levá-lo a uma filial qualquer da CAIXA (não era obrigatório o recebimento na de origem da aposta). Uma vez recebida a vultosa quantia, e depois de alguns dias, a comissão do malandro era tirada e o restante mandado a um paraíso fiscal em nome de alguém da confiança do Ramirez.
Esse rapaz tornou-se o melhor amigo do Delacombe, passaram a comparecer a festividades, jogos de futebol, aniversários e outros eventos, tudo sempre regados ao velho uísque do bom e do melhor. Contam que ele depois se acoplou ao plano do colega e passaram a agir em dupla, mas não posso afirmar com certeza.
Maiores detalhes eu não poderia dizer, pois me contaram isso com muita pressa. O que nos deixa dormir tranquilos é que aqui no Brasil esses expedientes jamais seriam utilizados, pois a marca de nossa administração pública é a honradez e o compromisso seriísimo com o dinheiro do governo e dos nossos cidadãos...Ladrão por aqui vai pra cadeia imediatamente e não adianta choro e nem vela...
Ansilgus
Em construção/revisão