É BOM SABER...! (foto do autor)
Nos primórdios da civilização, um homem pré-histórico, dentro de sua caverna, já dominando o fogo, assava alguma coisa sobre as brasas da fogueira, sob o olhar ávido da sua família!
Eram pequenas bolotas, de cor marrom, que se rompiam pela ação do calor e exsudavam , borbulhando, um líquido de aroma muito agradável.
Pois o que ele assava era, nada mais, nada menos,do que a nossa conhecidíssima castanha!
É, amigos, essa castanha mesmo que a gente, inexplicavelmente , só saboreia aos finais de ano, da mesma forma que ocorre com as deliciosas rabanadas. E não é somente por causa da época de frutificação daquelas, porque as castanhas podem ser conservadas por longo tempo.
As castanhas são os aquénios (que quer dizer indeiscentes, ou seja; que não se abrem quando maduros). Não confundir com indecentes, pois estes se abrem a qualquer hora!
Vamos recomeçar; as castanhas são os aquénios (geralmente três) do ouriço, o fruto capsular epinescente do castanheiro-da-europa, que atende pelo nome científico de "Castanea sativa".
Se você quiser se iniciar em qualquer ciência, aconselho-o a não escolher a botânica! Num singelo texto qualquer, com apenas cinco parágrafos, você só vai entender o que for preposição, artigo, conjunção ou verbo...e não adianta nada apelar para dicionário, porque cada vocábulo abre um enorme leque de correlações!
Numa miserável duma folha, os botânicos têm nomes próprios para a ponta, o meio, o fim, as nervuras, o formato, a sua disposição no caule e por ai vai!
Melhor mesmo é caçar uma descrição leiga, como por exemplo: A castanha que estamos acostumados a comer é uma semente que fica no interior de um ouriço e, conquanto seja uma semente, como as nozes ou amêndoas, tem muito menos gordura e muito mais amido (mais até do que as batatas), sendo rica em vitaminas C e B6 e uma ótima fonte de potássio, substituindo, por vezes, nos climas mais rigorosos, o próprio pão.
Alguns autores dão como sua origem a Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, desde há mais de 100 mil anos!
Povos diferentes usaram as castanhas em sua culinária, criando verdadeiros pitéus, como o bombom de "marron glacé" , cuja fama correu mundo e foi cantado em prosa e verso, como no exemplo seguinte: "Para se fazer excelente marron glacé, têm as castanhas ter uma textura especial e o próprio descasque é um processo delicado. Depois, têm que percorrer um xaroposo e doce calvário até à coroação".
Lendas, estórias e ditos populares giraram em torno desse fruto tão generoso e tão pouco aproveitado entre nós, e dentre centenas desses ditos, cabe ressaltar um: "Com castanhas assadas e sardinhas salgadas, não há ruim vinho" Hoje, a castanha é simbolo de Portugal, onde foi introduzida lá pelo século XVII.
Para arrematar, quero dizer a vocês que a razão maior que me levou a alinhavar esta crônica, foi a lembrança de um trecho da carta que Pero Vaz endereçou ao rei de Portugal, descrevendo a nova descoberta: "...em que, se plantando, tudo dá".
E dá, mesmo! A foto que encima esta crônica foi tirada por mim, no meu sítio em Friburgo, a qual denominei "Prontas pra nascer". É do meu castanheiro mór, o D.Juan, que todo ano fica carregado de ouriços, para a alegria de crianças e adultos.
Nos primórdios da civilização, um homem pré-histórico, dentro de sua caverna, já dominando o fogo, assava alguma coisa sobre as brasas da fogueira, sob o olhar ávido da sua família!
Eram pequenas bolotas, de cor marrom, que se rompiam pela ação do calor e exsudavam , borbulhando, um líquido de aroma muito agradável.
Pois o que ele assava era, nada mais, nada menos,do que a nossa conhecidíssima castanha!
É, amigos, essa castanha mesmo que a gente, inexplicavelmente , só saboreia aos finais de ano, da mesma forma que ocorre com as deliciosas rabanadas. E não é somente por causa da época de frutificação daquelas, porque as castanhas podem ser conservadas por longo tempo.
As castanhas são os aquénios (que quer dizer indeiscentes, ou seja; que não se abrem quando maduros). Não confundir com indecentes, pois estes se abrem a qualquer hora!
Vamos recomeçar; as castanhas são os aquénios (geralmente três) do ouriço, o fruto capsular epinescente do castanheiro-da-europa, que atende pelo nome científico de "Castanea sativa".
Se você quiser se iniciar em qualquer ciência, aconselho-o a não escolher a botânica! Num singelo texto qualquer, com apenas cinco parágrafos, você só vai entender o que for preposição, artigo, conjunção ou verbo...e não adianta nada apelar para dicionário, porque cada vocábulo abre um enorme leque de correlações!
Numa miserável duma folha, os botânicos têm nomes próprios para a ponta, o meio, o fim, as nervuras, o formato, a sua disposição no caule e por ai vai!
Melhor mesmo é caçar uma descrição leiga, como por exemplo: A castanha que estamos acostumados a comer é uma semente que fica no interior de um ouriço e, conquanto seja uma semente, como as nozes ou amêndoas, tem muito menos gordura e muito mais amido (mais até do que as batatas), sendo rica em vitaminas C e B6 e uma ótima fonte de potássio, substituindo, por vezes, nos climas mais rigorosos, o próprio pão.
Alguns autores dão como sua origem a Ásia Menor, Balcãs e Cáucaso, desde há mais de 100 mil anos!
Povos diferentes usaram as castanhas em sua culinária, criando verdadeiros pitéus, como o bombom de "marron glacé" , cuja fama correu mundo e foi cantado em prosa e verso, como no exemplo seguinte: "Para se fazer excelente marron glacé, têm as castanhas ter uma textura especial e o próprio descasque é um processo delicado. Depois, têm que percorrer um xaroposo e doce calvário até à coroação".
Lendas, estórias e ditos populares giraram em torno desse fruto tão generoso e tão pouco aproveitado entre nós, e dentre centenas desses ditos, cabe ressaltar um: "Com castanhas assadas e sardinhas salgadas, não há ruim vinho" Hoje, a castanha é simbolo de Portugal, onde foi introduzida lá pelo século XVII.
Para arrematar, quero dizer a vocês que a razão maior que me levou a alinhavar esta crônica, foi a lembrança de um trecho da carta que Pero Vaz endereçou ao rei de Portugal, descrevendo a nova descoberta: "...em que, se plantando, tudo dá".
E dá, mesmo! A foto que encima esta crônica foi tirada por mim, no meu sítio em Friburgo, a qual denominei "Prontas pra nascer". É do meu castanheiro mór, o D.Juan, que todo ano fica carregado de ouriços, para a alegria de crianças e adultos.