Grandeza necessária

Desde que eu me entendo por gente, venho me preparando pra alguma coisa muito grande, que eu não sei o que é!

Sabe aqueles filmes apocalípticos, em que O cara salva a terra, fica com a mocinha - e ainda fica rico, geralmente?!

Acho que não nasci pra ter a humildade necessária aos carregadores de ossos e nem de um lixeiro! E também já passou a época de ser jogador de futebol! Mal mal um peladeiro!

Mas... e a música? Sucesso! Quem não sabe inventar uma letra de música? Olha o Latino! Qualquer palavra é um refrão! ão ão ão...

Razoavelmente, arranho cordas vocais cacarejando o Axl Rose! Ou quem sabe boemia e samba - lá de oito anos atrás, pelas vizinhanças da praça Santa Tereza.

Aonde haviam reflexões sobre poesia, também lia e engolia cultura que me eleva a um patamar digno de participante ativo (e falante!) no meio de qualquer roda de conversa... menos sobre dinheiro e vida dos outros vai! (Quanta hipocrisia, mamãe! Quem não fala de outrém???)

Até que um interesse oculto pela engenharia apareceu, perdura, mas cansa! Eu acho que não tinha a plena certeza que queria ser um engenheiro. Eu acho que nem sabia o que era. Só sabia que os prédios surgiam!

Mas eu desenhava plantas! Talvez mais pela curiosidade, rabisquei sem técnica, mas muito entusiasmo, a casa do meu pai! Falo assim porque foi sonho. Só foi mesmo... E ele se foi também. E sobrou a mamãe. Nú! Como abre a realidade tão estampada! Ainda mais real, é o serviço que eu vi do carregador de ossos. Gentil e... ainda não consigo pensar em outro adjetivo! Tirou papai do chão e pôs (isso mesmo que você pode imaginar, mas que eu acho mórbido escrever...dói um tiquim) numa caixinha lá no cantinho, para entrar com o vovô Tofico e deixar a "Dinha" (mãe do papai). O "seu" Assis coube em outro lugar. Pertim de casa. Longe da vovó.

Dá um frio na barriga pensar aonde a engenharia está me levando!

Só então com trinta anos alguém como eu, pode perceber a grandeza do herói que sou! Veja só! He-rói! Duvido que tem marmanjo que chega perto da "min" (Yasmin).

Primeiro por mim! Claro!

E segundo que ela tem seus mais lindos três aninhos!

E terceiro, foi porque ela quem criou esse herói! E não o que acontece normalmente, né? Nós, os "heróis", criamos e alimentamos as belezinhas que comemos!

Ops!! Amamos

Juro que falei com meu sogro uma frase parecida (Bêbados sem controle na língua! Tô nesse time! E falei de novo sobre!) e um olhar sem nenhuma palavra me colocou no cantim. Não precisava disso! Mas é o peixe que morre pela boca! Dava mais vergonha! Hoje falo só o que interessa a outra pessoa ouvir, mas com os meus arranjos persuasivos.

Tem gente que jura de pé junto que a mentira tem palavras demais!

Gustavo Martins Pistoresi
Enviado por Gustavo Martins Pistoresi em 21/12/2011
Reeditado em 21/12/2011
Código do texto: T3400551
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