CONTA COMIGO?

Foi um dos filmes mais lindos que já vi. Você assistiu? Assisti, novamente [já vi o filme umas 5 vezes – o que me lembro], faz pouco tempo, num desses canais por assinatura chamado boomerang. A sinopse do filme é assim: “O filme conta a história de um escritor, Gordie Lachance (Richard Dreyfuss). Ao longo do trama ele recorda o período em que tinha entre doze e treze anos, verão de 1959, quando vivia em Castle Rock, Oregon, uma localidade com 1281 habitantes que para ele era o mundo inteiro. Gordie tinha três amigos inseparáveis: Chris Chambers (River Phoenix), Teddy Duchamp (Corey Feldman) e Vern Tessio (Jerry O'Connell). Chris era o líder natural deste pequeno grupo, mas a família dele não era boa e todo mundo sabia que ele ia se dar mal na vida, inclusive ele. Teddy era emocionalmente perturbado, pois o pai tinha acessos de loucura e se Gordie era o intelectual do grupo, Vern era o mais infantil, mas foi ele quem veio com a notícia que iria modificar a vida dos quatro. Tentando achar um vidro cheio de moedas que tinha enterrado, Vern ouviu por acaso Billy Tessio (Casey Siemaszko) e Charlie Hogan (Gary Riley) falando onde estava o corpo de Ray Brower, um garoto da idade deles que tinha ido colher amoras há três dias e nunca mais tinha sido visto. Chris e Teddy queriam achar o corpo, pois vislumbravam a possibilidade de se tornarem heróis. Vern, embora indeciso, acabou cedendo mas Gordie não conseguia se entusiasmar, pois naquele verão tinha se tornado "um menino invisível", pois há quatro meses Denny (John Cusack), seu irmão mais velho, morreu em um acidente de jipe e seus pais ainda não tinham conseguido se recuperar. Cada um deu uma desculpa em casa e partiram para tentar encontrar o corpo. Nenhum deles tinha idéia que esta viagem se transformaria em uma jornada de autodescoberta que os marcaria para sempre”. Como fico comparando minha época de 12/13 anos com esta dos meninos do filme! Também passaram pela minha vida personagens muito semelhantes. Vivi aventuras como essa e só quem viveu coisas semelhantes se emociona com a trama. Agente chega a sorri, com os olhos marejados de lágrimas felizes. Ah..., o tempo, que não volta. O pior é a constatação de Gordie no final: cada um de seus amigos tomou um destino diferente, e nunca mais eles se viram. Gordie chega a questionar: meu Deus, nunca mais tive amigos como aqueles. Mas, afinal, alguém tem? Questionou Gordie. Voltei a sorrir. Identifiquei-me imediatamente! Sorri chorando e chorei sorrindo. E para piorar a terrível constatação de Gordie, a trilha sonora nos dá um golpe final: é tocada a música Stand By Me, na voz marcante de Ben E. King. Ao fundo, Gordie, já adulto, olha sorrindo para seu filho brincando com um amigo, vendo que tudo se repetirá... Lindo. Maravilha e rigidez da vida. A arte tem, definitivamente, um papel importantíssimo na nossa jornada. A vida alimenta a arte ao passo que a arte alimenta a vida. Descobri. Gordie e seus amigos me ensinaram mais uma deliciosa lição. Ah..., os meus amigos de infância... Alguns eu ainda vejo. Outros, simplesmente estão distantes... A verdade é que ficou uma saudade marcante que chega a me incomodar. Como foi bom para Gordie e seus amigos. Como foi bom para mim. Para quem se identificou como eu e se emocionou como me emocionei, conta comigo!

DANIEL G B NICOLAU
Enviado por DANIEL G B NICOLAU em 21/12/2011
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