Transferência de renda

TRANSFERENCIA DE RENDA

Os governos brasileiros de algum tempo vem ampliando programas de transferência de renda, buscando dar, dessa forma, melhores condições de vida a milhões de desvalidos. Nada tenho contra essas iniciativas, mas elas por si só não resolvem problemas sociais, causados principalmente pela inépcia desses mesmos governos.

Todavia, gostaria de expor um pouco de minha trajetória, que não deve ser muito diferente de outros milhares de pessoas. Comecei a trabalhar com 12 anos e até então não recolhia impostos. Embora nesse início de carreira não fosse registrado, comecei a pagar impostos indiretamente, através dos produtos que passei a consumir. Aos 20 anos obtive meu primeiro trabalho registrado e assim permaneci até a aposentadoria. Dessa forma, comecei a pagar também impostos diretamente sobre a renda, além de continuar com os indiretos,e foram ambos aumentando, a medida que melhorava de padrão de vida. Comprei meu primeiro imóvel e além de recolher os impostos sobre a transação, passei a pagar o IPTU. Depois comprei carro e passei a pagar licenciamento e mais impostos, que não me recordo agora a denominação, mas hoje é o conhecido IPVA. Além disso, lá vinham os impostos sobre os itens de primeira necessidade ( comida, água, luz, telefone...entre outros ). Portanto, já venho fazendo programas de transferência de renda ao governo há anos a fio, e agora só gostaria de saber quando passarei a receber, não devoluções em numerário, mas serviços essenciais com presteza e qualidade, principalmente aqueles destinados a saúde.

É o mínimo que deveria ter direito, pela vida de pagamentos sem retorno que fiz e continuo fazendo. Afinal, para que servem os Direitos Sociais, previstos na Constituição chamada cidadã.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 20/12/2011
Reeditado em 20/12/2011
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