As acácias amarelas
Lá se vai mais um ano que passou por mim voando. É dezembro e as acácias se cobrem todas de amarelo. Por que será que sentimos essa sensação de rapidez temporal no ano que se finda? Será que por termos preenchidos por múltiplas tarefas e assuntos vários todos os momentos do nosso exíguo tempo? Estamos tão ocupados que sequer pensamos em nós mesmos e no significado da nossa existência. Não há tempo para observarmos as pessoas envelhecendo, as crianças crescerem, a natureza que nos rodeia...Já perceberam, repito, as floradas das acácias, dos ipês, dos paus-d'arco? Se temos, por outro lado, uma ocupação enfadonha e maçante, da qual não se goste tanto, certamente o tempo andará mais arrastado.
Quando menino pequeno, o tempo de um ano equivalia a dois anos de hoje; era essa a sensação que eu tinha. Os dias se passavam lentos e as noites arrastavam-se como velhas e elegantes senhoras. E tinhamos tempo para tudo! Para brincadeiras e folguedos. Tempo para despender em não fazer nada, tempo de explorar o desconhecido, tempo de divertir-se e descansar, também.
Os anos acumulados nos dão a impressão que o tempo é curtíssimo e que rapidamente a vida esvai-se quando eles se vão celeremente. Com os anos evadindo-se sentimos a existência escoando como a areia que drena pelo orificio de uma ampulheta. Quem dera poder retornar àquelas tardes modorrentas das férias de minha infância em que brincar e gastar energia conviviam, e bem, com o ócio e a indolência. E onde dormir sem preocupações, comer sem cuidados dietéticos e viver sem medo de ser feliz era a rotina absoluta daqueles dias.
Lá se vai mais um ano que passou por mim voando. É dezembro e as acácias se cobrem todas de amarelo. Por que será que sentimos essa sensação de rapidez temporal no ano que se finda? Será que por termos preenchidos por múltiplas tarefas e assuntos vários todos os momentos do nosso exíguo tempo? Estamos tão ocupados que sequer pensamos em nós mesmos e no significado da nossa existência. Não há tempo para observarmos as pessoas envelhecendo, as crianças crescerem, a natureza que nos rodeia...Já perceberam, repito, as floradas das acácias, dos ipês, dos paus-d'arco? Se temos, por outro lado, uma ocupação enfadonha e maçante, da qual não se goste tanto, certamente o tempo andará mais arrastado.
Quando menino pequeno, o tempo de um ano equivalia a dois anos de hoje; era essa a sensação que eu tinha. Os dias se passavam lentos e as noites arrastavam-se como velhas e elegantes senhoras. E tinhamos tempo para tudo! Para brincadeiras e folguedos. Tempo para despender em não fazer nada, tempo de explorar o desconhecido, tempo de divertir-se e descansar, também.
Os anos acumulados nos dão a impressão que o tempo é curtíssimo e que rapidamente a vida esvai-se quando eles se vão celeremente. Com os anos evadindo-se sentimos a existência escoando como a areia que drena pelo orificio de uma ampulheta. Quem dera poder retornar àquelas tardes modorrentas das férias de minha infância em que brincar e gastar energia conviviam, e bem, com o ócio e a indolência. E onde dormir sem preocupações, comer sem cuidados dietéticos e viver sem medo de ser feliz era a rotina absoluta daqueles dias.