Uma festa espontânea

 

 

No último sábado, estando em Sampa, fomos dar uma voltinha na Avenida Paulista para ver a decoração de Natal, onde só um pequeno trecho estava interditado aos veículos. Muita gente circulava por ali, um público totalmente diferente do habitual: famílias com crianças, grupos de jovens, senhores e senhoras já idosos... Todo mundo alegre e descontraído com um sorvete na mão ou comendo pipoca naquela noite que prenunciava o verão. À medida que caminhávamos, o número de pessoas foi aumentando tanto que nem cabia mais nas calçadas. Então, respeitosa e disciplinadamente os pedestres foram tomando conta das pistas e os carros, também respeitosa e lentamente, começaram a deixar a avenida, desaparecendo pelas ruas transversais. Logo uns três quarteirões ficaram livres para a festa da população que pôde tranquilamente admirar e fotografar todos aqueles enfeites, alguns bem sofisticados. Eu gostei muito, principalmente por ter experimentado novamente a sensação daquele tempo em que eram comuns os passeios noturnos, fosse pelas ruas do bairro ou nas praças das cidades do interior, onde as pessoas se juntavam para conversar, rir ou ouvir a banda tocar...

 

O melhor de tudo é que nada disso foi programado. Foi uma festa espontânea, aconteceu única e exclusivamente pela boa disposição daqueles que para lá se dirigiram.