AS QUATRO ESTAÇÕES

AS QUATRO ESTAÇÕES

Tal qual na natureza, creio que em nossa vida também passamos por quatro estações, senão

vejamos:

.PRIMAVERA( 0 a 25 anos ): após a plantação da semente surgimos no mundo e iniciamos a fase de crescimento onde tudo são flores, as vezes, com alguns espinhos, mas como somos cuidados por nossos jardineiros exclusivos, desenvolvemo-nos bem e do alto de nossa beleza, juventude e ideias ideais consideramo-nos os motores do mundo, onde tudo pode e deve ser feito a toque de caixa, com irresponsabilidade a toda prova e sem qualquer planejamento e resultados palpáveis. Afinal, logo estaremos na próxima estação e não teremos mais tempo para digressão.

.VERÃO (26 aos 50 anos ): começa o calor e somos obrigados a abandonar o dolce far niente, começando a transpirar para conseguir atingir nossas metas e objetivos e também a procurar a rosa que nos acompanhará na trajetória pelas outras estações. Começamos também a distribuir sementes que serão plantadas e darão origem a novas plantinhas da qual seremos jardineiros. As vezes precisamos procurar outras rosas pois algumas tem espinhos demais e impedem que permaneçamos a seu lado pelos ferimentos que causam. Agora somos jardineiros e trabalhamos muito para desenvolver e manter nosso jardim livre de ervas daninhas e pragas, constantemente precisamos regar, podar, tratar, alimentar, enfim trabalhar muito para manter viva nossa vida e das nossas plantinhas.

. OUTONO (51 a 75 anos) : começa a fase mais difícil da existência, já não somos motores potentes, começamos a ranhetar sobre tudo e todos, as vezes sentimos frio, as vezes calor, assistimos novas plantas brotar, mas já não somos jardineiros. Outras formas de cuidar de plantas e flores vão surgindo e já não conseguimos acompanhar seu desenvolvimento, passamos a dar apoio que vai rareando a medida que vai surgindo a nova velha estação.

. INVERNO (76 a ? anos ): a vida vai se esvaindo gradativa e inexorável, as plantas estão murchando, o outrora possante motor está constantemente falhando e cuidar de jardins já é uma atividade penosa e pouco construtiva. É hora de partir, sabe-se lá pra onde e quem sabe virar semente outra vez.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 17/12/2011
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