Digno de piedade, aos miseráveis.

“Tiraram de mim

Deixaram-me assim

Sem liberdade, enfim...

Vivenciei os opacos

Entre as mordidas dos meus lábios

Desigualdade tenta acabar com minha vida

E o amor nisso tudo como que fica.

(Digno de Piedade)

Não comprará os meus pés descalços em beira-mar! Ouvi um dia que os dragões são criados por dragões e deuses são criados por deuses, talvez seja. Porém, o fato é o seguinte, somos humanos, em que, alguns erram. Até deuses podem ter ato hediondo, asqueroso e nojento, e os dragões também poderão libertar a princesa do castelo de modo gracioso, divino e belo como um querubim, enfim... São nos momentos de desesperos que nós mostramos o jeito branco ou preto de ser, entre erros e acertos, assim embora a diante com a embarcação.

Vivenciamos uma competição do sol contra a lua, nem sempre uma briga amistosa, que no resultado final, teremos um ganhador e um perdedor, o truque é saber que você não é o melhor e quem levará o prêmio dessa batalha não é você, e prepara-se para o próximo concorrente, até os melhores cultivadores prejudicam as suas plantas humanas, com ideologias incabíveis.

Nevoas de cor verde das fábricas cobriram os homens gentis, não daquela cor de beleza na natureza, e sim, as notas que gira o mundo. E antes da produção em série os amores eram cegos, a vida cantarolava pelos os cantos, sabendo que valia apena ser vivida, a fé era forte no elo humano e a coragem da juventude era feita de aço, sem medo... Infelizmente, mais do que de repente o barco virou contra o mar de saliva dentro das bocas de políticos arrebatadores com suas ideias não sucedidas, e poesias foram fabricadas com os pensamentos pequenos e os desejos leves, sem grande motivação.

O homem não é ruim, são construídos por tijolos das circunstâncias, alguns não tiveram preferências sociais e são pelas imagens construídas, como exemplo: Veja o caso da personagem Jean Valjean do livro “Os Miseráveis” de Victor Hugo, que invadiu a padaria para roubar pão, quando tinha perdido o emprego, num tempo sem glória. Um fato real e brasileiro é o caso da doméstica Angélica Souza, quando condenada a quatros anos de prisão, por ter tentado roubar um pote de manteiga no dia 16 de novembro de 2005, em uma ação de infelicidade por não aguentar ver o seu filho passar fome.

Perdeu a inteligência, a compreensão, a justiça, a compaixão, cada vez mais longe da liberdade, da igualdade e da fraternidade. Largue desse ódio meu amigo que agarra sua sombra, livrando-se, verá que as tristezas escondidas nas páginas do seu livro, são páginas apagadas que acarretaram esse preconceito.

Pondo o fim, digo, portanto que o humano não nasce com rótulos, entretanto o crime de certo modo torna-se uma forma de vida neste inferno que mata todos os sonhos dos homens incompreensíveis. E não agüento coisas ruins e não as tolero!

E não deixe que sua posição social transmita a sua verdade sobre a vida, livra-se dessa inquisição e segue a velocidade da meta, com objetividade e esperança, chegando lá, rasgue e pinte outra imagem de você, sempre há uma maneira de seguir a caravana, num forno quente.

Olha que a luz que ilumina as almas é mais clara do que o pôr do sol e indo além da sua conta bancária, esqueça o dinheiro e o preço. Afinal, se juntar meu pó com o teu, e misturá-los, o seu saldo e o meu não conseguirá distinguir quem é quem nas cinzas.

Lucas Expedito
Enviado por Lucas Expedito em 17/12/2011
Código do texto: T3393337
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