Assalto na Ladeira do Arco
Moro no bairro Nazaré, região central de Salvador. Hoje, dia 14 de dezembro de 2011, precisei ir à casa de uma amiga, no Barbalho. Como tinha deixado o carro na oficina, pensando numa viagem longa que vai exigir muito do veículo, fiquei a pé. Pensei em ir de ônibus ou chamar um taxi, mas logo desisti. Apesar do medo de andar à noite pelas ruas da cidade, deixei de lado e receio e arrisquei, pensando, ainda, em exercitar o corpo para logo mais poder dormir o sono dos justos.
O trajeto é curto, de uns dois ou três quilômetros, no máximo. No meio do caminho o telefone tocou e eu, mesmo receoso, atendi. Andava distraído descendo a Ladeira do Hospital e logo cheguei ao viaduto que liga Nazaré ao Barbalho, local conhecido como Ladeira do Arco. Quando estava no maior bate papo ao fone, alguém tocou meu ombro. Eu já tinha sido assaltado nas mesmas circunstâncias, em outro local de Salvador. Minha mente projetou tudo e eu me assustei, comecei a gritar “assalto, assalto”.
Não demorou muito e alguns rapazes que bebiam num bar perto dali chegaram e começaram a bater no assaltante. Jogaram ele no chão, deram chutes, gritavam palavrões e me diziam para ter calma que eles resolveriam tudo por mim. A pessoa do outro lado da linha falava sem parar mas eu não prestava atenção a nada, só via a cena trágica em minha frente.
Em minutos a polícia chegou, dispersou o pessoal que batia no rapaz indefeso, levantou ele todo ensanguentado e se aproximou de mim, para reconhecimento antes de levarem-no ao hospital e depois à delegacia. Eu estava muito nervoso, a visão meio turva, não ouvia direito o que me diziam. Só lembro-me de poucos detalhes e, principalmente, do rosto sangrando do suposto ladrão, me olhando com ódio. Parecia alguém conhecido.
E era. Por engano, a pessoa que pensei que ia me assaltar era um grande amigo que eu não via há meses. Para azar dele, meus gritos atraíram os homens que lhe espancaram e quase lhe tiraram a vida. Para evitar que a agressão se virasse contra mim, eu fingi que não lhe conhecia e mandei levar para a delegacia. Melhor perder um amigo que receber uns tabefes por cima da cara... Este foi um assalto fictício acontecido na Ladeira do Arco.
Moro no bairro Nazaré, região central de Salvador. Hoje, dia 14 de dezembro de 2011, precisei ir à casa de uma amiga, no Barbalho. Como tinha deixado o carro na oficina, pensando numa viagem longa que vai exigir muito do veículo, fiquei a pé. Pensei em ir de ônibus ou chamar um taxi, mas logo desisti. Apesar do medo de andar à noite pelas ruas da cidade, deixei de lado e receio e arrisquei, pensando, ainda, em exercitar o corpo para logo mais poder dormir o sono dos justos.
O trajeto é curto, de uns dois ou três quilômetros, no máximo. No meio do caminho o telefone tocou e eu, mesmo receoso, atendi. Andava distraído descendo a Ladeira do Hospital e logo cheguei ao viaduto que liga Nazaré ao Barbalho, local conhecido como Ladeira do Arco. Quando estava no maior bate papo ao fone, alguém tocou meu ombro. Eu já tinha sido assaltado nas mesmas circunstâncias, em outro local de Salvador. Minha mente projetou tudo e eu me assustei, comecei a gritar “assalto, assalto”.
Não demorou muito e alguns rapazes que bebiam num bar perto dali chegaram e começaram a bater no assaltante. Jogaram ele no chão, deram chutes, gritavam palavrões e me diziam para ter calma que eles resolveriam tudo por mim. A pessoa do outro lado da linha falava sem parar mas eu não prestava atenção a nada, só via a cena trágica em minha frente.
Em minutos a polícia chegou, dispersou o pessoal que batia no rapaz indefeso, levantou ele todo ensanguentado e se aproximou de mim, para reconhecimento antes de levarem-no ao hospital e depois à delegacia. Eu estava muito nervoso, a visão meio turva, não ouvia direito o que me diziam. Só lembro-me de poucos detalhes e, principalmente, do rosto sangrando do suposto ladrão, me olhando com ódio. Parecia alguém conhecido.
E era. Por engano, a pessoa que pensei que ia me assaltar era um grande amigo que eu não via há meses. Para azar dele, meus gritos atraíram os homens que lhe espancaram e quase lhe tiraram a vida. Para evitar que a agressão se virasse contra mim, eu fingi que não lhe conhecia e mandei levar para a delegacia. Melhor perder um amigo que receber uns tabefes por cima da cara... Este foi um assalto fictício acontecido na Ladeira do Arco.