IRAQUE, O BURACO É MAIS EMBAIXO.
Como era o Iraque de 10 anos atrás? “Não era lá essas coisas”, mais em função das guerras com o vizinho Irã, e do próprio EUA, quando de sua primeira incursão por aqueles lados, por ocasião da invasão ao vizinho Kuwait, ações que dilapidaram a economia iraquiana. Leio na imprensa que as tropas americanas começam a abandonar o Iraque, outrora denominado Mesopotâmia, berço de nossa civilização, terra de Hamurabi, Rei Babilônio, que escreveu a primeira tabua de leis do mundo. Os soldados americanos deixam para trás, terra arrasada, um Iraque totalmente sem infraestrutura, com uma grande parte da população desempregada, sem energia elétrica, sem água potável, entregue à própria sorte e no ponto para os fundamentalistas religiosos tomarem o poder.
O pretexto usado na invasão foi o de se encontrar armas de destruição em massa, algo controverso e até hoje não comprovado, independentemente do tirano que dava as ordens no país de então, Saddam Hussein, capturado e morto, após um julgamento sumário. Hoje, dizem os americanos: o Iraque é um país livre e soberano, melhor que o de 10 anos atrás. Pode ser, mas há de se dizer também que, apesar da tirania opressora de Saddam, aquele Iraque, permitia que suas mulheres frequentassem as universidades, trabalhassem, não havia obrigatoriedade do uso de véus e burcas, eram, portanto, respeitadas, havia tolerância religiosa, mesmo com a maioria islâmica, não havia desempregos, o nível intelectual era o melhor entre as nações de cultura mulçumana. Mantinha com os países não alinhados, prósperos negócios, pode-se dizer que as estradas, represas, prédios para a administração pública e usinas iraquianas, entre outras construções, foram todas erguidas por construtoras brasileiras e por trabalhadores brasileiros. Não se consegue, hoje, observar no horizonte daquele país, um único prédio de pé, dentre esses citados, os dez anos de bombardeios destruíram tudo, não existem estradas, escolas, usinas etc. Em seus lugares somente o ferro retorcido, símbolo nefasto da ignorância militar americana.
Acrescido ao dano material do país existe outro, esse imensurável, pois ceifou da sua convivência mais de 120 mil de seus filhos, entre homens, mulheres e crianças, cerca de 25 mil soldados, das enfraquecidas Forças Armadas iraquianas, além de mais de 5 mil soldados estrangeiros, a maioria americanos, mas também se contam ingleses, espanhóis, entre outros. Nos “finalmentes”, após gastarem US$1,5 trilhões na sórdida empreitada, aconteceu o que havia sido previsto, a divisão dos parques petrolíferos iraquianos, entre as empresas das nações, que para lá, enviaram seus soldados, comprovando a necessidade descomunal dessa energia, pelos países invasores.
Alguns podem imaginar que nós, os daqui da terra do samba e do futebol, não temos nada a ver com a mixórdia americana no Oriente Médio. Ledo engano, a atual crise financeira mundial, que se iniciou em 2008, e vem atormentando o mundo desde então, tem entre suas principais causas, o Iraque. Mas como? Pode indagar um desavisado. Simples, após o 11 de setembro, os EUA se envolveram em duas guerras, Iraque e Afeganistão, estavam à cata dos culpados pela morte dos quase três mil cidadãos nas duas torres. Deram então inicio a um processo de gastos maiores que seus recebimentos, ao invés de conterem a gastança, optaram pelo pagamento de juros, que eram remetidos em contrapartida às compras de seus papéis, principalmente por países como:
1. China, (US$1,6 trilhões).
2. Japão, (US$900 bilhões).
3. Inglaterra, (US$ 800 bilhões).
4. Brasil. (US$250bilhões).
5. Petrodólares, (diversos países, US$500bilhões).
que viviam um boom econômico, puxados pelas exportações chinesas.
Com a efervescência financeira estimulada pelo capital estrangeiro a juros baixos, os bancos americanos passaram a conceder créditos sem a devida cautela. O dinheiro era todo investido no mercado imobiliário, o que criou uma bolha setorial, pois, a procura elevou demasiadamente o valor dos imóveis, e como dizia minha avó: “tudo que sobe, desce”, não foi diferente com os imóveis, os juros altos, devido a grande procura, fizeram os investidores recuarem, com isso a oferta superou a procura e os preços despencaram. Ao mesmo tempo chegou a inadimplência, pois, ninguém concordava em pagar juros altos pelos imóveis que estavam valendo cada vez menos. Com a escassez nos negócios, começaram as dificuldades, que culminaram com a falência do Banco Lehman Brothers, causando pânico e escasseando de vez o crédito fácil. A consequência influenciou os negócios nas instituições internacionais, o que acabou prejudicando o comércio internacional e impactando nas economias dos países, chegando onde hoje estamos...
Um impasse. As economias do primeiro mundo estão a cortar seus gastos, mas no que tange ao social, cortam na carne de sua própria gente ao aumentarem a idade para as novas aposentadorias, ao reduzirem os salários do funcionalismo público, ao cortarem parte dos benefícios já concedidos aos milhares de aposentados e também os subsídios às escolas, ao atendimento médico e aos mais carentes. A consequência é que nunca nos últimos 50 anos, houve taxas de desempregos tão elevadas como agora, tanto na América do Norte como na Europa, chegando aos 20% em um país do porte da Espanha, ao mesmo tempo, um descenso de classe social, estimado em mais de 100 milhões de pessoas, se verificou nesses países.
No entanto continuam a promover as guerras e para lá enviam suas mais modernas e letais armas, no intuito de demonstrarem o quanto destrutivas são. Tivemos um exemplo recentemente, a Líbia, palco de horrores que se tornou aquele país norte africano, que assistiu em seu bombardeamento o RAFALE, (caça francês), na pauta de negociação entre Brasil e França, o EUROFIGTHER TYPHOON, (caça inglês/espanhol,alemão e italiano), na pauta de negociação com a Índia, o JAS39-GRIPEN, (caça sueco), na pauta de negociação com a Suíça e todos concorrendo entre si, junto aos mesmo tomadores.
Essas constatações me levaram ao encontro da profecia de Saddam Hussein, dez anos passados, ao afirmar para seus conterrâneos a vitória sobre os infiéis: “Alá está conosco, por isso derrotaremos o inimigo”, se não naquela época... Com certeza agora.
Como era o Iraque de 10 anos atrás? “Não era lá essas coisas”, mais em função das guerras com o vizinho Irã, e do próprio EUA, quando de sua primeira incursão por aqueles lados, por ocasião da invasão ao vizinho Kuwait, ações que dilapidaram a economia iraquiana. Leio na imprensa que as tropas americanas começam a abandonar o Iraque, outrora denominado Mesopotâmia, berço de nossa civilização, terra de Hamurabi, Rei Babilônio, que escreveu a primeira tabua de leis do mundo. Os soldados americanos deixam para trás, terra arrasada, um Iraque totalmente sem infraestrutura, com uma grande parte da população desempregada, sem energia elétrica, sem água potável, entregue à própria sorte e no ponto para os fundamentalistas religiosos tomarem o poder.
O pretexto usado na invasão foi o de se encontrar armas de destruição em massa, algo controverso e até hoje não comprovado, independentemente do tirano que dava as ordens no país de então, Saddam Hussein, capturado e morto, após um julgamento sumário. Hoje, dizem os americanos: o Iraque é um país livre e soberano, melhor que o de 10 anos atrás. Pode ser, mas há de se dizer também que, apesar da tirania opressora de Saddam, aquele Iraque, permitia que suas mulheres frequentassem as universidades, trabalhassem, não havia obrigatoriedade do uso de véus e burcas, eram, portanto, respeitadas, havia tolerância religiosa, mesmo com a maioria islâmica, não havia desempregos, o nível intelectual era o melhor entre as nações de cultura mulçumana. Mantinha com os países não alinhados, prósperos negócios, pode-se dizer que as estradas, represas, prédios para a administração pública e usinas iraquianas, entre outras construções, foram todas erguidas por construtoras brasileiras e por trabalhadores brasileiros. Não se consegue, hoje, observar no horizonte daquele país, um único prédio de pé, dentre esses citados, os dez anos de bombardeios destruíram tudo, não existem estradas, escolas, usinas etc. Em seus lugares somente o ferro retorcido, símbolo nefasto da ignorância militar americana.
Acrescido ao dano material do país existe outro, esse imensurável, pois ceifou da sua convivência mais de 120 mil de seus filhos, entre homens, mulheres e crianças, cerca de 25 mil soldados, das enfraquecidas Forças Armadas iraquianas, além de mais de 5 mil soldados estrangeiros, a maioria americanos, mas também se contam ingleses, espanhóis, entre outros. Nos “finalmentes”, após gastarem US$1,5 trilhões na sórdida empreitada, aconteceu o que havia sido previsto, a divisão dos parques petrolíferos iraquianos, entre as empresas das nações, que para lá, enviaram seus soldados, comprovando a necessidade descomunal dessa energia, pelos países invasores.
Alguns podem imaginar que nós, os daqui da terra do samba e do futebol, não temos nada a ver com a mixórdia americana no Oriente Médio. Ledo engano, a atual crise financeira mundial, que se iniciou em 2008, e vem atormentando o mundo desde então, tem entre suas principais causas, o Iraque. Mas como? Pode indagar um desavisado. Simples, após o 11 de setembro, os EUA se envolveram em duas guerras, Iraque e Afeganistão, estavam à cata dos culpados pela morte dos quase três mil cidadãos nas duas torres. Deram então inicio a um processo de gastos maiores que seus recebimentos, ao invés de conterem a gastança, optaram pelo pagamento de juros, que eram remetidos em contrapartida às compras de seus papéis, principalmente por países como:
1. China, (US$1,6 trilhões).
2. Japão, (US$900 bilhões).
3. Inglaterra, (US$ 800 bilhões).
4. Brasil. (US$250bilhões).
5. Petrodólares, (diversos países, US$500bilhões).
que viviam um boom econômico, puxados pelas exportações chinesas.
Com a efervescência financeira estimulada pelo capital estrangeiro a juros baixos, os bancos americanos passaram a conceder créditos sem a devida cautela. O dinheiro era todo investido no mercado imobiliário, o que criou uma bolha setorial, pois, a procura elevou demasiadamente o valor dos imóveis, e como dizia minha avó: “tudo que sobe, desce”, não foi diferente com os imóveis, os juros altos, devido a grande procura, fizeram os investidores recuarem, com isso a oferta superou a procura e os preços despencaram. Ao mesmo tempo chegou a inadimplência, pois, ninguém concordava em pagar juros altos pelos imóveis que estavam valendo cada vez menos. Com a escassez nos negócios, começaram as dificuldades, que culminaram com a falência do Banco Lehman Brothers, causando pânico e escasseando de vez o crédito fácil. A consequência influenciou os negócios nas instituições internacionais, o que acabou prejudicando o comércio internacional e impactando nas economias dos países, chegando onde hoje estamos...
Um impasse. As economias do primeiro mundo estão a cortar seus gastos, mas no que tange ao social, cortam na carne de sua própria gente ao aumentarem a idade para as novas aposentadorias, ao reduzirem os salários do funcionalismo público, ao cortarem parte dos benefícios já concedidos aos milhares de aposentados e também os subsídios às escolas, ao atendimento médico e aos mais carentes. A consequência é que nunca nos últimos 50 anos, houve taxas de desempregos tão elevadas como agora, tanto na América do Norte como na Europa, chegando aos 20% em um país do porte da Espanha, ao mesmo tempo, um descenso de classe social, estimado em mais de 100 milhões de pessoas, se verificou nesses países.
No entanto continuam a promover as guerras e para lá enviam suas mais modernas e letais armas, no intuito de demonstrarem o quanto destrutivas são. Tivemos um exemplo recentemente, a Líbia, palco de horrores que se tornou aquele país norte africano, que assistiu em seu bombardeamento o RAFALE, (caça francês), na pauta de negociação entre Brasil e França, o EUROFIGTHER TYPHOON, (caça inglês/espanhol,alemão e italiano), na pauta de negociação com a Índia, o JAS39-GRIPEN, (caça sueco), na pauta de negociação com a Suíça e todos concorrendo entre si, junto aos mesmo tomadores.
Essas constatações me levaram ao encontro da profecia de Saddam Hussein, dez anos passados, ao afirmar para seus conterrâneos a vitória sobre os infiéis: “Alá está conosco, por isso derrotaremos o inimigo”, se não naquela época... Com certeza agora.