Saudades: Desejos & Lembranças!
Correm as noites escuras sem estrela que possa me guiar e da lua negra cercada de emoção da saudade à espera de um retorno. E estou de posse, absolutamente, na saudade de alguém falecido, de alguém distante, de um amigo querido, de alguém de que não vejo em longo prazo, de uma conversa, de uns lugares, de um sabor, de um cheiro, de uma flor, de um tempo que passou e, principalmente, de você, meu amor e do que nunca tive de ti. Saudade, por favor, não me aperte mais se não eu choro. Você não é feita por um ponto final, e sim, formato por vírgulas. E questiono: Algo quando é novo, tem que o velho acabar? Quando terminar e iniciar nova temporada numa data inesperada? Faz parte dessa dor intensa no aprendizado de evolução humana? Tendo sempre que reconstruir o que a saudade deixou cair no chão de aço? Diga-me, saudade! Qual seria seu preço? Para retirar da cripta os meus bens e as minhas paixões, afinal, todos têm uma taxa, custe o que custar.
Ficará dela a nostalgia e angustia do ausente que viveu lá atrás, e os momentos de hoje está fora de eixo, não estamos mais na estrada dos tijolos amarelos. A saudade tem um poder enorme de fixar no tempo, deixando-nos depressivos e tristonhos, ela envia uma mensagem ao espírito e ele por sua vez grita para retomar do inicio. E sobre os meus desejos & lembranças, não poderei, definitivamente, apagar vocês da minha memória, você está na minha historia, tornando-se precioso de tão essencial dentro de mim. Saudade! Tu embriagaste totalmente do que eu tenho de melhor. Anteriormente, o mar vermelho abria diante da minha simples ordem e hoje o que me resta é lágrima que congela meu rosto. Ela cuspiu fortemente vinagre nas minhas feridas, marcado junto com o vento da mudança, derrubando os lares construídos, eu caí e me machuquei através do sopro do vento. Concordo plenamente quando Fernando Anitelli diz que: “Todo sopro que apaga uma chama reacende o que for pra ficar...” na canção “Ana e o Mar”, então, saudade, você não acabará me matando com as suas agressões, pois, vejo cada vez mais que sou a propriedade máxima de mim.
Não sou venturoso, não tenho o poder de esquecer, parabenizo aqueles que conseguem chupar da fruta e depois jogar fora as sementes avassaladoras cheio de memórias, tudo que eu digo nesse momento é que restará somente a esperança de que um dia, não importa agora quantas décadas, serei transportado dentro de um vagão feito de encontros e despedidas e de chegadas e partidas, anseio de não tiver lá o que perdi. Porventura, estou sendo egoísta, talvez, porque tenho que abraçar o que ficou e que ainda possuo, desta forma, acharei o elo perdido. Agora, nesse instante, as lamentações não importam mais, ela não embeleza a alma de ninguém e acredito muito do que é nosso estará eternamente dentro dá gente, isso são as recordações maravilhosas da vida, ainda que continue na solitatis e isso é belo.
Obs.: Judite e Lineu! Depois que tive oportunidade de conhecer vocês. Tive certeza disso aqui, que vocês são mais normais do que muita gente. Não deixe que a saudade roube o que possuem de melhor, a felicidade. E termino dizendo: Judite e Lineu só querem mostrar que faz samba também. Ainda vive o Noel Rosa!