Cachorros também aprontam!

 

 


 

Quando percebemos que a cadelinha Pepê (fez um ano no final de outubro) estava no cio, foi imediatamente posta no canil, um lugar grande, cercado de tela alta, até com uma parte coberta como proteção. Embora trancafiada, dali ela pode enxergar não só os ‘colegas’ – outros três cachorros, como a nossa casa e o jardim. Às vezes ela me vê de longe e fica pulando na esperança de que eu vá libertá-la. Mas não posso. Enquanto isso seus ‘amigos’ ficam o tempo todo rondando por ali, é até engraçado. É lá que eles tomam sol de manhã, tiram um cochilo à tarde, não arredam pé. Quem por acaso olhar da rua deve pensar que estão apenas querendo lhe fazer companhia, por solidariedade...

 

Bem, ontem saí de casa ao meio dia e quando voltei mais tarde, o rapaz encarregado de dar-lhes a ração veio todo aflito contar-me a novidade: ao chegar aqui, encontrou a Pepê correndo feliz da vida pelo jardim. O portão de ferro do canil (bem mais alto do que eu) estava arriado no chão. Ela conseguiu, não sabemos como, até arrancar um bom pedaço da coluna que o sustentava! Fiquei imaginando a cena. De um lado ela a empurrar com força o portão e do outro os machos a puxá-lo... Fazendo as contas, descobrimos que durante uma hora eles ficaram livres da companhia humana. Tanto fizeram que obtiveram sucesso!

 

O pior de tudo é que agora restou o mistério: será que houve cruzamento?... Estou na torcida para que não tenha havido nada. Já pensou, daqui a pouco termos uma ninhada de filhotes por aqui?