É sempre amor... Parte II - Mesmo que Mude

II Mesmo que Mude

Eu gostaria de encontrá-la, mas não sei qual seria a sensação... Depois de tanto tempo, o que sinto é do mesmo tamanho e não mudou de nome, mas dói. Será que eu sentiria vontade de abraça-la? Tenho certeza que sentiria meu coração bater mais rápido do que nunca e que talvez as palavras me faltassem. Não sei se teria coragem de dizer a ela tudo que ainda sinto, não é por medo de parecer um bobo, é que seria muito difícil. Eu largaria tudo e todos se ela me pedisse. Mas em tantos anos, tantas coisas foram construídas, ela pode já estar noiva ou até casada. Pode ter mudado de país, de estado... Há tantas possibilidades. Eu deixei a melhor chance da minha vida escorregar entre meus dedos e sofrer com isso. Se arrependimento matasse...

Tá certo, uma semana se passou. E meu pensamento não mudou.

Não sei o porquê, mas me lembro dela várias vezes ao dia. E não é carência não, é saudade. Eu poderia ter tantas garotas, sem querer me gabar, várias mulheres dão em cima de mim. E é válido dizer que quase nenhuma delas vale a pena; São tão cheias de si, tão supérfluas; elas não sabem valorizar a essência; não têm as manias que ELA tinha; elas não têm o olhar DELA; não me fazem sorri como ELA fazia; elas não me surpreendem com pequenas coisas; não me mandam mensagens só pra dizer que pensaram em mim – se mandassem eu desconfiaria que fosse por estarem sozinhas ou por terem levado um belo de um pé de alguém; elas não me ligam no meio da noite perguntando se está tudo bem pois tiveram um pesadelo comigo, sequer uma delas ouve tudo aquilo que falo com bastante atenção; Com elas, seria apenas diversão. Essas garotas não tem nada a ver com ELA... nada!

É saudade mesmo, sinto saudade de nós. Ultimamente venho sentindo que preciso dela esse preciso, é porque amo. Isso é tão estranho, depois de anos.

Nessa tarde, tomei uma decisão. Saí da empresa e liguei pra uma amiga em comum, a Lu. Ela atendeu o telefone e ficou estupefata depois da minha pergunta. Tive que repetir vagarosamente “Você tem o telefone DELA?” Para minha infelicidade ela não tinha. Ela falou pra eu procura-la nas redes sociais, mas desaprovei a ideia na hora. Ela então ligou pra outra pessoa e depois me passou o número: BINGO!

Agora, o problema era encontrar coragem. Depois de tantos anos, o que ela poderia pensar?? Deixei pra ligar mais a noite, quem sabe depois de algumas taças de vinho.

(continua)

Devoradora de Palavras
Enviado por Devoradora de Palavras em 15/12/2011
Código do texto: T3389520
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