NADA A FALAR
O dia termina, dezoito horas e, extraordinariamente, um momento de silêncio no play e no apartamento de baixo.
Uma pausa boa.
O pensamento está vazio, não é rico nem divertido.
É quase morto. Só a inquietude me move. No fundo, desejo a Sede, a minha terra e sua vegetação. A jabuticabeira deve estar carregada. Mas a dona não está lá. Os bichinhos também estão fora do lugar.
A casa está vazia.
Espera por sua dona.
Quando escrevo não fico triste. Outras coisas vêm à tona.
Há uma avidez de ser feliz. E um descontentamento de não sê-lo.
Aí me imobilizo. Não penso.
MLuiza Martins
8/12/11 - Palavras: 111