O encontro do amor

Tenho 43 anos e as 23 anos tive a benção de encontrar o meu amor. Tínhamos tudo para dar “certo”, ela gostava de MPB eu de Heavy Metal, ela apreciava as artes-plásticas e eu artes... o que é isso mesmo? Ela apreciava um bom cigarro eu cerveja. Ela espírita e eu católico. Eu tinha morado apenas em São Paulo, ela foi de Porto Alegre a Belém do Pará, passando por Brasília, Anápolis, Fortaleza, Belo Horizonte e algum outro lugar que minha mente não quer lembrar. Mas na faculdade tínhamos ”muito” em comum, ela fazendo Artes Plásticas e eu Engenharia, que sequer terminei. Pois é absolutamente nada em comum, exceto pelo olhar que trocamos na primeira vez que nossos olhos cruzaram o caminho. Desde esse dia 18 de julho (se errei da data, provavelmente não verão outro texto meu aqui por motivos óbvios) minha vida mudou. Aprendi a gostar de MBP, a diferenciar uma pintura moderna de uma acadêmica (prefiro as acadêmicas) conheci e me encantei pelo espiritismo, ela aprendeu a beber cerveja e a medida que experiências e fluídos eram trocados, o amor se consolidava, planos eram feitos e realizados, os filhos foram chegando aos poucos, até o número de 3. Exagero para alguns poucos para outros, mas perfeito para nós. Constituímos uma família, aquele que um dia foi garoto aprendeu e a cada dia aprende mais com a moça dois anos e meio mais velha cuja pele abençoada e sorriso doce a fazem parecerem 10 anos mais jovem que eu. Como é bom dormir e acordar ao lado dela, nosso desejo é um dia caminhar pela rua com as mãos trêmulas e cabeça calva no meu caso e alva no dela, com sorriso de dever completo e continuando a fazer planos. Como o de receber nossos netos em casa e desejando que cada um deles tenham a mesma felicidade dos avós.

Um beijo meu amor, minha eterna inspiração nessa vida.

DVM
Enviado por DVM em 13/12/2011
Código do texto: T3387267