A importância da percepção

Vivendo os dias que Deus me deu, vou aprendendo com os fatos que me são expostos, sejam eles profissionais ou não.

Assim, na minha vida profissional ocorreu um problema de comunicação, que culminou com o prejuízo daquele que deveria ser o mais protegido: o cliente. Sorte que há solução e tudo está bem, na medida do possível.

De todo modo, precisei tomar as medidas que minha consciência, juntamente com meus princípios, me inclinaram a proceder. Fui firme perante a origem do problema, para que isso não se tornasse uma bola de neve, apagando o início de incêndio que se armava.

Nesse meio-tempo, entre a ocorrência do problema e o estanque do fogo, mais de um fato foi posto aos meus olhos (e aos ouvidos – já que um deles eu ouvi no rádio) ratificando o minha conduta, que acabou se confirmando na atitude de bombeiro.

Não sei se estava completamente convicto da atitude que iria tomar e interpretei os fatos da forma que me foi conveniente ou se realmente os acontecimentos surgem na vida e aqueles que se dão conta do significado, absorvem aquilo que compreendem ou o que são capazes para tanto.

Vou aos fatos:

1) em uma aula de artes marciais, diante de todas as orientações dos movimentos, o professor chamou a atenção dos alunos e convidou-os para a realização de um treinamento especial; no entanto, caso aceitassem o convite deveriam cumprir com os termos, ou seja, o compromisso deveria ser respeitado independentemente do que possa ocorrer (é claro com ressalvas justificadas).

2) Entrevista do Min. Ayres Brito para uma emissora de rádio; após as manifestações sobre o direito de imprensa, o magistrado menciona que também é poeta e, dentre outras pitadas, uma delas me chamou a atenção: “as coisas falam por si-lêncio”.

Aquilo caiu como uma luva na situação que iria enfrentar.

Dito e feito, como diz o ditado: para o bom entendedor, meia palavra basta. Não precisei me desgastar com delongas para apagar o fogo, a própria conduta e as poucas palavras foram suficientes para atingir o objetivo.

A percepção dos fatos, tanto da minha parte, quanto daquele que causou o incêndio foram importantes no sentido que lhes são apresentados.

Quem dera se eu tivesse uma (des)percepção melhor das coisas da vida, acredito que a experiência está aí para cumprir o seu papel.